domingo, 11 de janeiro de 2009

Creme e Castigo

O Amor é quase meu tema preferido. Suspeito que seja impossível fazer poemas sem amor. A Poesia deve ao amor, eu não, mas nela hipotequei parte de minhas Propriedades. Devo não nego pago quando quiser. Quase caloteiro. Ameaçam-me em qualquer lugar. Nas filas das casas lotéricas, nas quais gosto de frequentar como se fossem laboratórios onde se estudam a Esperança, olho uma face e lá vou eu montar um poema. Amor e esperança, n maltrapilhos vestidos de Chic, sinto nojo já na primeira estrofe, esqueço poetas que respeito muito, e coloco o CD do Yngwie Malmsteen, e minha lira toca então guitarra bizarramente sublime. O Outro, o dono de todos os outros ordena a retirada total. A quem reclame do Tempo, outros dizem faltar oxigênio, senhoras geralmente ficam indiferente ao próprio comichão hipocondríaco. Mas todos levam meu Amor&Esperança na carne sutil. É como vacinar animal selvagem.
Eles, os outros e seu dono, o Outro, só vivem Para Si, enquanto pensam viver Por Si. E quando me vêem vivendo de fato Por Mim, atacam, ignoram ou fogem feito animais selvagens.
Adoro Filosofia e Mulher, é o que me salva de ser crucificado, com o perdão(claro!) da origem desta palavra.
Hoje é domingo(eles sabem, espero que também "não prestem atenção") e sei que a Poesia vai cobrar mais caro que ontem. Espero que ela não me venha com o tema mais odioso: Constituição Política. E se conjugar o tema com Brasil, ae tô ferrado a sete palmos bem medidos.
Assinaram-me o Estadão. (Calma)Sou eu, não sou nem pró nem contra. Não torço para nenhum time. Nele encontrei, Para Mim, anônima entre as outras, a escritora e jornalista Vanessa Barbara. E, além de deixar de ser anônima, já ocupou um notável lugar na propriedade fudamental para minha formação(Não Devemos Explicar). Faço isso Por Mim.
Eu poderia escrever aqui um montão sobre esta mulher, e pagar ao Outro, o dono de todos os outros, da forma costumaz o meu saldo de Normalidade, mas acho que isso é sacanagem e sacanear o Criador é pior do que servir. Prefiro pagar tudo de uma vez, assim ficar sempre livre para contrair outras dívidas, então eis aqui:
http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2003/08/260398.shtml
Uma pequena amostra de um verdadeiro poema, aquele que sabe jamais dever a Ninguém.

sábado, 10 de janeiro de 2009

Ensaio da Cegueira

É como se voce se dirigisse a outro cômodo
ao chegar, ver sem ver, olhar o costume
esquecer o que veio buscar, o por quê

um momento de indecisão, e vê a mobília
é a mesma, sem surpresa, sua decoração
seu ambiente onde se sente localizado

não consegue lembrar, um ensaio de cegueira
ainda sabe que alguns instante é pouco
mas sua eternidade já ameaça seu bem estar

voce é forte, sempre soube sem saber os por quês
relaxa, e não goza, sorri apenas, tem beleza e sabe
sempre alguma coisa, que basta uma parte de tudo

vê o cômodo novamente, a mobília, ainda a mesma
segue o costume, por segurança, não vai se perder
segue o costume, sempre mais cômodo e seguro

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Não estamos enclausurados em si mesmo, muito menos no mundo,
não sei por quê da minha angústia, não sei por quê vim, para onde vou.
Odeio ser como a chuva, para o pensamento pósmoderno, superflua, rss.

domingo, 4 de janeiro de 2009

AMOR EM COMUM

Um fio quebrado é diferente de um fio tortuoso, ou mal confeccionado, ou sujo, ou fraco, ou inexemplar, ou, etc., qualquer situação que o torne impróprio, ou indevido, ou arriscado aos outros, ou, etc. A experiência de Ariadne, na lenda, salvou Teseu de ficar para sempre no labirinto, depois de matar o Minotauro. Um simples fio foi a solução, e atenção, Ariadne não era filosofa, ela somente amava.
O amor faz com que a gente volte para, se possível, emendar o fio quebrado.
Esta lenda é muito antiga, serviu para orientar as pessoas da época, e serve até hoje, quanto aos erros da Vida, que humanamente ainda cometemos.
A Civilização é viva e livre, comprovamos com sua História, que já nos oferece melhores maneiras de evitar, o possível, os fracassos de qualquer empreitada.
Um exemplo clássico, apesar de ter sido descoberto no século passado, é o Algoritmo.
Mas que não me serve agora, talvez ainda estou na antiguidade, porque não tenho dados prévios para decidir entre caminhos certos ou errados, não acredito que haja qualquer labirinto ou quebracabeças e dúvido que exista ser humano com cabeça de touro.
Contudo, se não existe tais dados, além da Lei, que não é burra, somente forte, mas cega, surda e muda, eu não tenho um amor de Ariadne.
Mas tenho esperança na heurística.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Aos anônimos e famosos em geral

Como revelar aquele fluxo de pensamento - não obcessivo, é claro - que temos na 'liberdade do escuro de nossa caverna cerebral', sem que nos aconteça um fim exemplar, como aconteceu com a personagem do "mito da caverna" de Platão e com o seu 'amigo' Sócrates?
Ou, para ser pertinente ao espaço aqui, diga-se único e exemplar tambem, e tambem quase imperceptível como o antigo, neste caso o advento do show da Madonna no Brasil, como poderemos decidir e expor aos outros o que realmente pensamos sobre ela, se só sabemos sobre ela o que nos chegou atravéz da mídia, esse nome que significa os produtos 'em geral' da indústria cultural?
É como tentar falar, além da insignificante questão de gosto, sobre um produto da indústria higiênica, por exemplo um dado creme dental, sem conhecer seus componentes e seus efeitos sobre a biologia, da indústria química. E, aos químicos, quem vier ao público em geral expor seus pensamentos, terá ouvidos? E, os mesmos, se insistir, como reagirá o público em geral?
Para conhecer um pouco, óbvio, sobre reações do social e do individual para com os produtos da indústria cultural, conheçam(sic) os quatro(mais midiáticos) senhores da Escola de Frankfurt, e, para se aprofundar no assunto, conheçam tambem os menos midiáticos e todas as influências originais. Oneroso e cansativo? Nossa amiga não pensou, nem pensa e espero que jamais venha a pensar assim.
E seus posts não são somente uma exposição de gosto pessoal, e este, oportunamente ao 'nosso' espaço é um chamado, não para mais ilusão de sombras bruxoleantes nas paredes de nossas cavernas físico-mentais.
Verdadeiros porque originais, artistas e pensadores, industrializados ou artesanais, não são santos ou anjos, nem chatos ou caros demais, são essenciais.
Então, rss, eu "acredito porque gosto"(lema midiático) em tal escova e tal creme dental, em tal carro, em tal pessoa, em tal presidente, em tal país, em tal Deus, enquanto cópias e simulacros, mas tambem acredito que tais produtos só me servem para tambem possuir(oportunidade) alta estima e que nada acrescenta a minha autoestima.
E, perdão, tentem não enxergar como indústria cultural o 'atacado e varejo', que são produtos de outra indústria. Qual? Talvez a farmacêutica? Sou cego na área de distribuições de riquezas e mercadorias.

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Este texto foi(?) publicado tambem nos:
http://colunas.gnt.com.br/pinkpunk/ (não foi publicado, não sei o motivo)
http://costuradaparadentro.blogspot.com/