quarta-feira, 7 de julho de 2010

Depois de assistir o Anti Cristo, de Lars von Trier

Ela não desiste porque ficou alienada no próprio medo de ser encontrada no próprio meio: a caverna.
Ela também enxerga além da natureza, qualquer coisa que poderia ter no nome de Deus.
Só volta à realidade depois que morrer, e para quem vive na realidade, vai esquecê-la.

"Está com os dias contados o exibicionismo do objeto de luxo para mostrar poder e exclusividade, a questão não é mais de impressionar o outro, mas de, como um artista, fazer sua opção subjetiva, e incluí-la no mundo. É aí que, em vez de repetir o mesmo, se dá a paradoxal repetição da diferença".
(não perca de ler o texto que fecha com esta reflexão, no Google)

As andorinhas vem, fazem verão, no outono
estão todas de ressaca, o inverno, o frio
uma cria coragem, se espreguiça, grita
para outra, acorda amor, a andorinha grita
cucuuuuuuu, tava dormindo? sua besta e
sozinha não faz verão, grita, grita, grita, grita
todas acordam, se espreguiçam, frio e fome
voam, todas, fazerem verões? não se atrasaram?
e o que será de nós sem as quatro estações?
então fica tu, marmota, o que posso fazer?
eu não tenho asas? chafurda na véia, no colo
da natureza, voa, eu sei voar, eu sei voar, grilo
a marmota voa, a marmota voa, quanta mentira
disse a véia, sem piscar, entra no quarto, pronto
olha aí a verdade, marmota na minha cama, trêbada
logo acorda pra temer, anda anda vai trabalhar

Bem que fui avisado pelo Luciano, que não se deve filosofar no deserto. Sermão da montanha são águas passadas.
O que se tornou uma questão de provar que este tempo não é tão agourento como pensam os românticos.
Essas águas atuais não são assim um açougue das almas, fumaça do espírito, nem a trapaça do milagre.
Tanto o milagre de existir, quanto a luz do espírito e o coração jamais estiveram enganados, sabem seus limites.
Quando tudo se resumia em fazer as escolhas certas, hoje em dia basta fazer nenhuma escolha.
Tudo bem, isso é tão engraçado, e enfim a perfeição se fez real. Ou a repetição de sempre.
E porque não sumiu os problemas de viver, tanto materiais quanto do luxo sagrado, encontramos, de volta, a natureza.
Então estão de volta as cores, os sons, temperaturas, aromas e contatos; e o vento vai vestir uniforme, e nos trazer uma só informação: está tudo tão bem dos quatro lados de cada estação; o meu, o seu, o nosso e dos outros.
Lados obscuros, por exemplo: alguém, ninguém, eu, voce, etc., são águas passadas.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Não se abafa apenas ruídos!

"Só não lavei as mãos e é por isso que me sinto, cada vez mais limpo"(Ivan Lins)

Sobre mãos e bocas, e cópias do que não devem ser esquecidos
(Atenção leitores, para saber o que não fui eu que escrevi primeiro, basta pesquisar no Google; por exemplo, no discurso logo abaixo à foto, voce não apenas conhecerá o autor, como também reconhecerá um ponto de vista da vida que, por razões obscuras(?), roubam-lhe para operar a alienação invisível sobre seu enfado)

Pedalando por vias virtuais, encontro cada coisa estranha, coisas que jamais esperava, mesmo levando em consideração tamanha é a minha imaginação. E, a cada dessas coisas estranhas, minha atitude jamais é julgar, mesmo que seja flagrante, sua própria inviabilidade para o convívio entre seres humanos racionais e éticos.
Também encontro coisas inevitavelmente semelhantes, pensamentos e condutas tão quão ou mais ainda generalizadas que as minhas próprias; pensamentos e condutas que possuem como princípios invioláveis a fuga honrosa ao excesso de ruídos e silêncios amedrontados e ou amedrontadores, ambos como lados de uma mesma moeda vil oferecida para a traição e inação, e, o pior, o cultivo inconsciente aos delírios, irresponsabilidades e narcisismos de uma suposta eterna juventude; este lugar que seria sagrado sem as mãos perniciosas do Mercado do Espetáculo.
Encontro, enfim, para encurtar minha febre de verdade e liberdade, em respeito aos exíguos espaços que me permitem tal doença do amor aos meus inimigos, pessoas e organizações muito dignas de confiança, mas que, ao menor sinal de chuva, dor na barriga ou afeto incondicional, perdem tal virtude, como se a houvesse adquirido simplesmente para passar numa prova única que as aprovasse vida afora. A essas pessoas tento o mais que posso ser gracioso, aproximando-me também o mais que posso da simulação geral sobre um ditado de graça, "gentileza gera gentileza", perguntando-lhes: Até tu ages feito um Brutus?
  1. A meu ver, a arte não é uma diversão solitária. É um meio de emocionar ao maior número de homens oferecendo-lhes uma imagem privilegiada de dores e alegrias comuns. Obriga, pois, ao artista a não se isolar; muitas vezes elege seu destino mais universal. E aqueles que muitas vezes elegeram seu destino de artistas porque se sentiam diferentes, aprendem cedo que não poderão nutrir sua arte nem sua diferença senão confessando sua semelhança com todos. O artista se forja nesse perpétuo ir e vir de si mesmo aos demais; eqüidistantes entre a beleza, sem a qual não pode viver, e a comunidade, da qual não pode desprender-se. Por isso os verdadeiros artistas não desdenham nada; obrigam-se a compreender em vez de julgar, e se têm de tomar um partido neste mundo, este só pode ser o de uma sociedade na qual, segundo a grande frase de Nietzsche, não tem de reinar o juiz senão o criador, seja trabalhador ou intelectual.
  2. Pelo mesmo, o papel do escritor é inseparável de difíceis deveres. Por definição, não pode pôr-se a serviço de quem faz a história, senão a serviço de quem a sofre. Se não o fizesse, ficaria só, privado até de sua arte. Todos os exércitos da tirania, com seus milhões de homens, não lhe arrancarão da solidão, ainda que consinta em acomodar-se a seu passo e, sobretudo, se o consentisse. Mas o silêncio de um prisioneiro desconhecido, basta para tirar o escritor de sua solidão, cada vez, ao menos, que consegue, no meio dos privilégios de sua liberdade, não esquecer esse silêncio, e trata de recolhê-lo e substituí-lo para fazê-lo valer mediante todos os recursos da arte. Nenhum de nós é bastante grande para semelhante vocação. Mas em todas as circunstâncias de sua vida, obscuro ou provisoriamente célebre, enjaulado pela tirania ou livre de poder expressar-se, o escritor pode encontrar o sentimento de uma comunidade viva, que lhe justificasse a condição de que aceite, na medida do possível, as duas tarefas que constituem a grandeza de seu ofício: o serviço da verdade e o serviço da liberdade. E, pois, sua vocação é agrupar o maior número possível de homens, não pode acomodar-se à mentira e à servidão que, onde reinam, fazem proliferar as solidões. Quaisquer que sejam nossas fraquezas pessoais, a nobreza de nosso ofício arraigará sempre em dois imperativos difíceis de manter: a negativa a mentir respeito do que se sabe e a resistência à opressão. Durante mais de vinte anos de uma história demencial, perdido sem recurso, como todos os homens de minha idade, nas convulsões do tempo, só me sustentou o sentimento fundo de que escrever é hoje uma honra, porque esse ato obriga, e obriga a algo mais do que a escrever. Obrigava-me, essencialmente, tal como eu era e como arranjo a minhas forças, a compartilhar, com todos os que viviam minha mesma história, a desventura e a esperança. Esses homens - nascidos ao começo da primeira guerra mundial, que tinham vinte anos à época em que se instaurou, ao mesmo tempo, o poder hitlerista e os primeiros processos revolucionários, e que para poder completar sua educação se viram enfrentados depois à guerra da Espanha, a segunda guerra mundial, o universo dos campos de concentração, a Europa da tortura e as prisões - se vêem obrigados a orientar seus filhos e suas obras num mundo ameaçado de destruição nuclear. Suponho que ninguém pretenderá pedir-lhes que sejam otimistas. Até que chego a pensar que devemos ser compreensivos, sem deixar de lutar contra eles, com o erro dos que, por um excesso de desespero, reivindicaram o
  3. direito e a desonra e se lançaram aos niilismos da época. Mas sucede que a maioria de nós, em meu país e no mundo inteiro, recusamos o niilismo e nos consagramos à conquista de uma legitimidade. Foi preciso forjar-se uma arte de viver para tempos catastróficos, a fim de nascer uma segunda vez e lutar depois, frente a frente, contra o instinto de morte que se agita em nossa história. Indubitavelmente, cada geração se crê destinada a refazer o mundo. A minha sabe, no entanto, que não poderia fazê-lo, mas sua tarefa é quiçá maior. Consiste em impedir que o mundo se desfaça. Herdeira de uma história corrompida na qual se misturam revoluções fracassadas, as técnicas enlouquecidas, os deuses mortos e as ideologias extenuadas; em que poderes medíocres, que podem destruir tudo, não sabem convencer; em que a inteligência se humilha até pôr- se ao serviço do ódio e da opressão, essa geração deveu, em si mesma e a seu arredor, restaurar, partindo de suas amargas inquietudes, um pouco do que constitui a dignidade de viver e de morrer. Ante um mundo ameaçado de desintegração, no que nossos grandes inquisidores arriscam estabelecer para sempre o império da morte, sabe que deveria, numa espécie de carreira louca contra o tempo, restaurar entre as nações uma paz que não seja a da servidão, reconciliar de novo o trabalho e a cultura e reconstruir com todos os homens uma nova Arca da aliança. Não é seguro que esta geração possa ao fim cumprir esse labor imenso, mas o verdadeiro é que, por todos os lados no mundo, tem já feita, e a mantém, sua dupla aposta em favor da verdade e da liberdade e que, chegado o momento, sabe morrer sem ódio por ela. É esta geração a que deve ser saudada e alentada onde queira que se acha e, sobretudo, onde se sacrifica. Nela, certo de vossa segura aprovação, quisesse eu declinar hoje a honra que acabais de fazer-me. Ao mesmo tempo, depois de expressar a nobreza do ofício de escrever, quereria eu situar ao escritor em seu verdadeiro lugar, sem outros títulos que os que compartilha com seus colegas de luta, vulnerável mas tenaz, injusto mas apaixonado de justiça, realizando sua obra sem vergonha nem orgulho, à vista de todos; atento sempre à dor e à beleza; consagrado, enfim, a tirar de seu ser complexo as criações que tenta levantar, obstinadamente, entre o movimento destruidor da história. Quem, depois desses, poderá esperar do presente soluções já feitas e belas lições de moral? A verdade é misteriosa, fugidia, e sempre há que tratar de conquistá-la. A
  4. liberdade é perigosa, tão dura de viver como exaltante. Devemos avançar para esses dois fins, penosa mas determinadamente, descontando por antecipado nossos desfalecimentos ao longo de tão dilatado caminho. Que escritor ousaria, em consciência, proclamar-se predicador de virtude?

domingo, 4 de julho de 2010

Criar, o próximo passo depois de amar

Não se extrai as pequenas certezas
apenas podemos aprender
como não sofrer sem liberdade

Sabedoria apenas por esforço e felicidade
E, de repente, ele apareceu, e no seu jeito de quem não tem plano nenhum, como se lhe faltasse as pequenas certezas, azeitamos um grande domingo em nossa história.
Fizemos um plágio com respeito ao strogonoff; de frango apimentado e sem cogumelo, misturamos à macarronada e arroz com água gelada. Lambemos os garfos e facas, feito dois machos alfa pensativos, porque o assunto oscilava nós e a revolução feminista, final da década de sessenta e início da de setenta, quando ele, em espírito, já estava em fase de acabamento.
Sei lá, eu lhe peço para imaginar tanto, sobrecarrego talvez com a suposta intenção de tornar o veículo de nosso devir, a vida, e não desembestar. Quando sei que bastaria voce acelerar, que obviamente me aceleraria da mesma forma, para a velocidade que precisamos agora, criando acorde por acorde, sentimento por sentimento, uma obra imortal, quem sabe.
Depois eu e ele assistimos Annie Hall, do Wood Allen, filme insuperável ao seu apoio à revolução feminina e mostra tudo que ainda exacerba e confunde a juventude, claro, principalmente a masculina. Exacerbação não é exagero, atenção, quando idolatrada, e no caso, masculina, até mulheres deixam de ser mulheres femininas, vide o motivo da ascensão nas pesquisas da Dama de Ferro Inglesa, para ganhar o segundo mandato. (Dilma, por todos, em vida!, não faça bobagens semelhantes.)
A masculinidade mal formulada tanto em homens quanto em mulheres, seja na política, ou na filosofia, ou mesmo em donadecasa é estupidamente desnecessária.
Daí a grande diferença entre dois conceitos, quase sempre tomados como iguais, feminina e feminista. Uma mulher que estende uma bandeira feminista, no dia a dia, adia a felicidade tanto quanto o homem que estende a bandeira macho. Até sapos tem seu gênero(?) macho. Enquanto homem e mulher não são gêneros, podem vir a ser, quando agrupados, mas em devir são tão somente indivíduos, que a qualquer instante podem e devem responder por si mesmo.

The Sounds Of Silence(tradução)

Olá escuridão, minha velha amiga
Eu vim para conversar com você novamente
Por causa de uma visão que se aproxima suavemente
Deixou suas sementes enquanto eu estava dormindo
E a visão que foi plantada em minha mente
Ainda permanece
Dentro do som do silêncio

Em sonhos sem descanso eu caminhei só
Em ruas estreitas de paralelepípedos
Sob a áurea de uma lamparina da rua
Virei minha gola para o frio e a umidade
Quando meus olhos foram esfaqueados pelo flash
De uma luz de néon
Que rachou a noite
E tocou o som do silêncio

E na luz nua eu enxerguei
Dez mil pessoas talvez mais
Pessoas conversando sem estar falando
Pessoas ouvindo sem estar escutando
Pessoas escrevendo canções
Que vozes jamais compartilharam
Ninguém desafiou
Perturbar o som do silêncio

"Tolos," digo eu, "vocês não sabem
O silêncio como um câncer cresce
Ouçam as palavras que eu posso lhes ensinar
Tomem meus braços que eu posso lhes estender"
Mas minhas palavras
Como silenciosas gotas de chuva caíram
E ecoaram no poço do silêncio

E as pessoas se reverenciaram e rezaram
Para o Deus de neon que elas criaram
E um sinal faiscou o seu aviso
Nas palavras que estavam se formando
E o sinal disse
"As palavras dos profetas
Estão escritas nas paredes do metrô
E na entrada dos edifícios
E sussurraram no som do silêncio"
(vagalume.com.br)

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Inverno, uma preparação para a primavera

Matar ou desmatar
o que voce gosta, Caro Sobrevivente?

Ao meu filho, e às minhas questões de gosto, no que resta ainda de planeta sustentável

Não é questão de gosto
isso está fora de qualquer questão, sempre
porque qualquer dialética
se findaria na questão de vida ou morte, então
fadada ao fracasso total da civilização, quando
ou o mundo desapareceria ou
viveríamos finalmente o gozo infinito
e irremediavelmente irracional.

Muito se confunde a infundada questão de gosto com a dialética entre liberdade e necessidade, assim como com o determinado e o indeterminado, etc. Isto sempre ocorre talvez porque outra dialética fundamental também eternamente estará presente: o dito e o não dito. E, os especialistas em filosofia e ou em literatura, por gentileza!, tenham a calma providencial em vossos martelos; estou muito longe de querer a idolatria.
Entre meu particular e o mundo existe o mesmo caminho por onde todos, sem qualquer excessão, atravessam em duplo sentido. Vou sobrevoar, um pouco a antiguidade para os não especialistas entenderem; lembrando que nem sequer avião ou asas tenho.

"Heráclito (544-484 a.C.) nasceu em Éfeso, na Jônia (atual Turquia). Tal como seus contemporâneos pré socráticos, busca compreender a multiplicidade do real. Mas, ao contrário deles, não rejeita as contradições e quer aprender a realidade em sua mudança, no seu devir. Todas as coisas mudam sem cessar, e o que temos diante de nós em dado momento é diferente do que foi há pouco e do que será depois: "Nunca banhamos duas vezes no mesmo rio", pois na segunda vez não somos os mesmos, e também o rio mudou. Portanto não há ser estático, e o dinamismo pode bem ser representado pela metáfora do fogo, forma visível da instabilidade, símbolo da eterna agitação do devir, "o fogo eterno e vivo, que ora se acende ora se apaga".
Para Heráclito o ser é múltiplo. Não no sentido apenas de que existe a multiplicidade das coisas, mas de que o ser é múltiplo por estar constituído de oposições internas.
Parmênides (540-470 a.C.) viveu em Eléia, cidade do sul da Magna Grécia (atual Itália) e é o principal expoente da chamada escola eleática. Elaborou importantíssima teoria filosófica na medida em que influenciou de forma decisiva o pensamento ocidental. Ocupou-se longamente em criticar a filosofia heraclitiana: ao "tudo flui", contrapôs a imobilidade do ser. Para Parmênides é absurdo e impensável considerar que uma coisa pode ser e não ser ao mesmo temo. A contradição opõe o princípio segundo o qual "o ser é", e conclui, a partir do princípio estabelecido, que o ser é único, imutável, infinito e imóvel.
Não há, entretanto, como negar a existência do movimento no mundo que percebemos, onde as coisas nascem e morrem, mudam de lugar e se expõem em infinita multiplicidade. Para Parmênides, o movimento existe apenas no mundo sensível, e a percepção levada a efeito pelos sentidos é ilusória. Só o mundo inteligível é verdadeiro, pois está submetido ao princípio que chamamos de identidade e de não contradição.
Uma das conseqüências dessa teoria é a identidade entre o ser e o pensar. Ou seja, as coisas que existem fora de mim são idênticas ao meu pensamento, e o que eu não conseguir pensar não pode ser na realidade."
(FilosofandO - Introdução à Filosofia, Maria Lúcia de Arruda Aranha e Maria Helena Pires Martins, Editora Moderna)

Temos então um excelente material ilustrativo de como se originou o pensamento ocidental, e onde, sem sacanagem, podemos ver o quanto é risível um dos lados da questão, ora colocada, se fosse possível, da questão de gosto. Mas, óbvio que minha colocação pode fazer parecer tudo tão simples, pode causar desconfiança e gerar as mesmas confusões de sempre. Creio que o maior complicador em questão se deva à apropriação indébita do conceito de religião por pessoas que não estavam nem um pouco preocupadas com o destino da humanidade e do planeta, ou apenas preocupadas em si mesmas e aos seus próximos (de sangue). E isso nos remete diretamente a um tema caríssimo para mim, abordado aqui no blog com muita ênfase, a questão de Cain e Abel, mas porque os resultados foram exasperantes, não vou mais voltar ao assunto.

E gelado se faz o inverno
este que perdi mais que folhas em branco
no pior outono da minha vida.