Jogo do trabalho na dança das mãos macias
O suor dos corpos na canção da vida, história
O suor da vida no calor de irmãos, magia
Como um animal que sabe da floresta memória
Redescobrir o sal que está na própria pele macia
Redescobrir o doce no lamber das línguas, macias
Redescobrir o gosto e o sabor da festa, magia
Vai o bicho homem fruto da semente, memória
Renascer da própria força, própria luz e fé, memória
Entender que tudo é nosso, sempre esteve em nós, história
Somos a semente, ato, mente e voz, magia
Não tenha medo, meu menino bobo, memória
Tudo principia na própria pessoa, beleza
Vai como a criança que não teme o tempo, mistério
Amor se fazer é tão prazer que é como se fosse dor, magia
Como se fora brincadeira de roda, memória
Jogo do trabalho na dança das mãos macias
O suor dos corpos na canção da vida, história
O suor da vida no calor de irmãos, magia
(Elis Regina/Gonzaguinha)
Outro dia de Natal se finda, pessoalmente, para cada ser humano, que teve contato com esta História, significa um momento especial para afirmar o grande poder da reflexão. Desta maneira, creio, posso falar por todos; lembrando, pelo menos para todos que sentiram a mensagem na História de Jesus Cristo.
Meu coração se acelera em meu tórax, irradia para a plenitude do meu corpo, e talvez se expande para outros corpos, outras pessoas, talvez aleatoriamente, feito o som dos ventos, para todos os ouvidos em todos os sentidos.
Estou ansioso, porque quero falar diretamente, como sempre faço, para uma única pessoa, revelada a todos ou não; a revelação aqui, como conceito para a capacidade sublime de existir para outra pessoa. Em cada uma existe a conexão imponderável com todos; lembrando o som do vento, do mar, do trovão, etc.
Quero falar com o nosso atual presidente do Brasil, Luis Inácio da Silva; inexoravelmente o próximo presidente está na conversa.
Daqui, deste anonimato, tomado pelo espírito do dia, tento entender sua cruz, meu velho, Lula. Certa vez, estive muito próximo, éramos uma multidão, lotávamos a Vila Euclides, e voce, de camiseta vermelha, forte, vigoroso, passou tão perto que pude também ver seus olhos, ver para onde olhava, para este futuro que é agora.
Podia enumerar à exaustão, vítimas de tragédias que se multiplicam a cada ano, é sempre tão visível, até parece que ficar falando das tragédias diárias é uma forma de ópio para o povo. O mesmo acontece, em contraponto, com a simulação diária de prazeres egoístas; tanto o requinte do consumismo quanto de criminalidades.
Voce até me diria que é o preço da Democracia. Seria uma boa resposta de um presidente, tanto de um país quanto de uma comunidade de bairro.
Queria saber, ousando a falar por todos, se o poder desse troço, a média de opiniões resumida em ideologia mais razoável, então, todos sabemos, pervertida na quase totalidade pela ideia de um capitalismo selvagem, o Brasil não é excesso, é tão perverso a ponto de se tornar irrecusável; é tão irresponsável a ponto de cometer atrocidades para se defender e manter o país nesta eterno paradoxo, o horror da maioria dos brasileiros em estado de sorte ou azar, roubados ainda pela quase totalidade da classe política, e a alegria gratuita da ilusão de poder do mais forte sobre o mais fraco tomando como parâmetros o consumo e propriedade?
Queria saber, claro, jamais através de canetadas, o que se pode fazer, em seu cargo, para mudar o rumo desta situação historicamente impregnada na imagem do país?
Acredito que voce jamais responderia a estas perguntas com a mesma resposta, acima descrita, "é o preço da Democracia".
Não repetiria a resposta, porque seria o mesmo que dizer: "Não me pergunte o que o país pode fazer por voce, e sim o que voce pode fazer pelo país".
A resposta mais eloquente que já se viu em política. E nós, brasileiros, já estamos de saco cheio de tanta eloquência dos poderosos e falsos amigos.
Como se poderia fazer dar tal resposta à dona Maria, com águas podres até o joelho, no bairro Pantanal, na zona leste de São Paulo? E, também, a tantas outras Marias, Josés, etc., todos igualmente brasileiras e brasileiros? Não quero jamais aludir a um conflito de classes, problema exclusivo da ordem econômica, mas precisamente ao papel do estado nas ordens, econômicas, jurídicas e morais do nosso país. E, já aprendemos o bastante que reivindicações coletivas paralelas, são férteis apenas às pequenas mudanças. Esta é a minha grande lembrança daquele dia que o vi pessoalmente.
Finalmente, Lula, sabendo que a zombaria da média será geral, acusar-me-ão de tentar travesti-lo de papai noel; voce sabe, sempre tem crianças que brincam com fogo no paiol, e que sempre é tarde de culpar o Pai.
Espero que este texto chegue até voce, e voce, no mais alto valor social, faça uma menção sobre este contato, de um anônimo brasileiro ousando falar por todos.
Muitas, vastas, Brasil à fora, considerações, e meu forte abraço. Feliz Natal em todos os dias e prósperos anos melhores.
Outro dia de Natal se finda, pessoalmente, para cada ser humano, que teve contato com esta História, significa um momento especial para afirmar o grande poder da reflexão. Desta maneira, creio, posso falar por todos; lembrando, pelo menos para todos que sentiram a mensagem na História de Jesus Cristo.
Meu coração se acelera em meu tórax, irradia para a plenitude do meu corpo, e talvez se expande para outros corpos, outras pessoas, talvez aleatoriamente, feito o som dos ventos, para todos os ouvidos em todos os sentidos.
Estou ansioso, porque quero falar diretamente, como sempre faço, para uma única pessoa, revelada a todos ou não; a revelação aqui, como conceito para a capacidade sublime de existir para outra pessoa. Em cada uma existe a conexão imponderável com todos; lembrando o som do vento, do mar, do trovão, etc.
Quero falar com o nosso atual presidente do Brasil, Luis Inácio da Silva; inexoravelmente o próximo presidente está na conversa.
Daqui, deste anonimato, tomado pelo espírito do dia, tento entender sua cruz, meu velho, Lula. Certa vez, estive muito próximo, éramos uma multidão, lotávamos a Vila Euclides, e voce, de camiseta vermelha, forte, vigoroso, passou tão perto que pude também ver seus olhos, ver para onde olhava, para este futuro que é agora.
Podia enumerar à exaustão, vítimas de tragédias que se multiplicam a cada ano, é sempre tão visível, até parece que ficar falando das tragédias diárias é uma forma de ópio para o povo. O mesmo acontece, em contraponto, com a simulação diária de prazeres egoístas; tanto o requinte do consumismo quanto de criminalidades.
Voce até me diria que é o preço da Democracia. Seria uma boa resposta de um presidente, tanto de um país quanto de uma comunidade de bairro.
Queria saber, ousando a falar por todos, se o poder desse troço, a média de opiniões resumida em ideologia mais razoável, então, todos sabemos, pervertida na quase totalidade pela ideia de um capitalismo selvagem, o Brasil não é excesso, é tão perverso a ponto de se tornar irrecusável; é tão irresponsável a ponto de cometer atrocidades para se defender e manter o país nesta eterno paradoxo, o horror da maioria dos brasileiros em estado de sorte ou azar, roubados ainda pela quase totalidade da classe política, e a alegria gratuita da ilusão de poder do mais forte sobre o mais fraco tomando como parâmetros o consumo e propriedade?
Queria saber, claro, jamais através de canetadas, o que se pode fazer, em seu cargo, para mudar o rumo desta situação historicamente impregnada na imagem do país?
Acredito que voce jamais responderia a estas perguntas com a mesma resposta, acima descrita, "é o preço da Democracia".
Não repetiria a resposta, porque seria o mesmo que dizer: "Não me pergunte o que o país pode fazer por voce, e sim o que voce pode fazer pelo país".
A resposta mais eloquente que já se viu em política. E nós, brasileiros, já estamos de saco cheio de tanta eloquência dos poderosos e falsos amigos.
Como se poderia fazer dar tal resposta à dona Maria, com águas podres até o joelho, no bairro Pantanal, na zona leste de São Paulo? E, também, a tantas outras Marias, Josés, etc., todos igualmente brasileiras e brasileiros? Não quero jamais aludir a um conflito de classes, problema exclusivo da ordem econômica, mas precisamente ao papel do estado nas ordens, econômicas, jurídicas e morais do nosso país. E, já aprendemos o bastante que reivindicações coletivas paralelas, são férteis apenas às pequenas mudanças. Esta é a minha grande lembrança daquele dia que o vi pessoalmente.
Finalmente, Lula, sabendo que a zombaria da média será geral, acusar-me-ão de tentar travesti-lo de papai noel; voce sabe, sempre tem crianças que brincam com fogo no paiol, e que sempre é tarde de culpar o Pai.
Espero que este texto chegue até voce, e voce, no mais alto valor social, faça uma menção sobre este contato, de um anônimo brasileiro ousando falar por todos.
Muitas, vastas, Brasil à fora, considerações, e meu forte abraço. Feliz Natal em todos os dias e prósperos anos melhores.
12 comentários:
Feliz 2010!
Beijos.
Rss, essa vida é uma delícia, e tem gente que não gosta de viver, assim, suspenso em um drama, tão abrangente e interessante, que todas as Artes tentam copiar!!!
Muitos anos melhores para voce, Bia
e beijos tão sinceros
que, por instantes velozes
os corações se façam Um.
"That which does not kill us makes us stronger."
Friedrich Nietzsche
e isso... como diz o nosso velho e sabio Nietzsche !
que esse ano de 2010 nao venha a nos matar( so se for de felicidade!!)(rs)
beijokas eternas, querido devir.
Anita.
Rss, acho que Nietzsche está aqui
no meu quarto, agora.
Estava pedalando desde as 5, agora é 1 hora. Passeio solitário para manter a inércia de movimento. Encontrei Juliana, jantei e combinamos rua da madrugada. Voltei e, banho, perdi o pique. Ela ligou: voce não vem.
Respondi: não.
Ela: por que?
Eu: se divirta, estou afim de pensar, e descançar o bode.
Ela: que bode?
Eu: amanhã a gente se vê.
Acho que me sinto pesado, outro corpo em mim, vai pesar mais, com certeza, hoje, estou afim de voar.
E o cara, alí, filosofo calado.
Seria ele um dos meus Outros, que fundem um Eu assim tão imprevisível? O que sou? Será que sei mais do que voce sobre mim? O que é voce? E este mundo, entre nós, existe além de um voluntário sortilégio? E este cara, Nietzsche, o que sabe pode responder por voce? Para mim, e não para a História? Para que serve a filosofia quando é o corpo que sofre a falta?
Bom, paciência, devir
Do pouco, ou nada, talvez, que posso saber, ou intuir, de voce, Anita, digo, juntos até poderíamos, matar esse cara, ainda em 2009.
Beijo
Não sou o Lula, mas estou a 600 km de sua casa e esse texto ja chegou aqui. Então com um pouco mais de força de pensamento (o Segredo, rss) o presidente lerá e ainda por cima comentará sobre e responderá as perguntas ao vivo no Jornal Nacional. Se sonhar cobrasse nós tariamos fodidos. rsrss.
Mas que seria legal, ah seria.
forte abraço
Rebenta e arrebenta, supere, contra a vontade de ficar confortavelmente entorpecido e, claro!, confortavelmente sóbrio assistindo o navio passar ao longe.
O que é pior, a banalização ou a criminalidade? E quem tem tempo para escolher? E sem este tempo, é isso, adeus se dá
a individualidade, espiritualidade, subjetividade, etc, etc, etc
Tais valores desrespeitados, quando não assassinados, em nome de simulações dos mesmos...
é melhor parar, "para quê" reforçar o sono da moçada?, rss.
Melhor é sonhar, é de graça!!!
(graças a Deus?)
Cara, leia mais este escritor:
"De minha parte isto já não me abala. Embora seja atingido por estilhaços do presente, há muito que estou para lá dessa tríplice aliança ou armadilha a que chamam de presente-passado- futuro. O tempo a gente não combate no exterior, do lado de fora. O tempo a gente recria é do lado de dentro.
Aliás, se me permitem, um último comentário. Sendo a luta humana contra o tempo uma luta irremediavelmente perdida, só nos resta uma alternativa: entrar no jogo e tentar empatar a partida. E a maneira de empatar o jogo é viver o presente de tal modo que pareça que não apenas subjugamos o tempo, mas que o transcendemos."
Ele é um grande escritor, embora não escreva aqui, rss, acredito que isto aqui ainda tem muito a cara daqueles tanquinhos que até levamos para a praia.
Invasões à parte, esta, que seria facilmente suportadas, rss, porque absolutamente de passagem.
Malditos sejam os pedágios com sua mais valia!
Farofa, ou o seu contraponto, leite derramado, quem suporta?
Só mesmo, quem contém, também, muita coragem.
Quando mistura, quanta lamúria.
kkkkkkkkkkkkkkk
e o pior que so temos menos de uma semana pra bolar um crime perfeito! (rs)
beijokas ...
Eu acho que ele não gosta de viver sem dar palpites, considerações, reflexões e apontar horrores que já estamos calejados.
Talvez baste 48 horas para ele morrer seco em seu próprio sarcófago.
Crime mais perfeito, e lucrativo, pois, "daquilo que eu sei", voce saberá muito bem fazer uma autópsia como manda o figurino da Arte&diversão.
Estou voando, acompanhe-me, di boa
Caro amigo Devir,sábias palavras, questionamento lúcido,esse texto diz respeito e toca cada um de nós, mas a cada dia a presença de um estado paralelo corta as nossas vidas e nossas veias, tal um rio adoecido,como disse o poeta Rimbaud: " será preciso engolir cascalhos e comer as pedras das igrejas para seguirmos com dignidade".Infelizmente não obteremos as respostas, feliz 2010 novamente e sempre, abraço.
Porra, Cara
Que tesão de comentário
é, realmente uma questão brutal
a nós,
quando herói precisa ser americano*
onde as igrejas são só imagem
espírito(?) de cinema
de competição esportiva(?)
Nas nossas cabeças nacionais
é isso, batmans, supermens earanhas
ou zé carioca
e nossa igreja, amém
Deus salve meu lucro, diabo aumenta
Até conspiro contra a Ju
e coloco moonshiner, cat power
Pensar por que este mundo
deixa-as muito putas
e são fodas especiais
sempre a próxima
Mas que porra, Mestre
grande abraço
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