segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Outro utópico beijo?

Nonsense

É tão bom, o mundo sabe
acima até da natureza, sequer
existe atenção contínua
para lugares como céu e inferno

Posso lembrar muitos loucos
mas me basta Luis Burnel, na
encruzilhada das bestas humanas
caminhos se encontram e elas não

Precisamos de corrente, nome e olá
para nos libertar de alma inata
para ter também ego forte e só
efêmeros-eternos e grandes barulhos

Procrastinar-me-ei sempre ao sol
feito jacaré, cobra e roupa limpa
pensando no tédio de córres em vão
um enrolar contínuo de certezas

Trouxe comigo a juventude
não as viagens feito balas e pardal
estou ante-vendo uma revolução, não
somente metafísicas do coração

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Este poema eu soltei nas águas, acho que foi a melhor forma de dizer, e não há nem havia certeza no momento. Acho que meus ancestrais da caverna foi repassando esta forma de escolher entre o errado e o mais difícil apenas, talvez souberam desde bem próximo ao gênese que são exatamente aquelas crenças rejeitadas e, se porventura o destino humano errou, tambem vou perdoar. Sina, estigma, cagada do destino, dane-se, eu acredito em horóscopo, eu acredito em poesia, eu acredito na indústria cultural, mas jamais diria:
- É, voce tentou.
Não temo que minha linhagem acabe aqui (frase de efeito: já tenho filho) .
Não vou discorrer sobre chuva molhando o molhado, talvez, é possível, como sempre, fechar os olhos e dançar, feito, respeitando o cinema, pinóquio envolta de um poste(de ferro, veja o filme).
As águas são absolutamente fieis, estão em todos os lugares. Seu conceito está em todos os sentidos de cada átomo, assim como o conceito de mãe para todos os seres vivos.

4 comentários:

Luciano Fraga disse...

Meu caro, bom demais,poesia utópica mesmo, abraço.

kelen disse...

queridusco
saudades imensas senti dos seus escritos (to sensível hj),
poesia na veia e com vinho (bastante pra curar a maldita tpm)

beijos nada utópicos, no talo

Devir disse...

Luciano, utopia talvez seja o termo, mas reluto, porque estou tentando resgatar, creio eu, o verdadeiro destino do poema: a objetividade simultânea de corpo e alma. Tenho certeza que não sou "Dom Quixote", pelo menos em se tratando de Arte, tal integração precisa ser imediata à inspiração. Corpo não se identifica sem a alma, e alma não acerta sem um corpo. Um abraço.

Devir disse...

Olá, Kelen

No ensejo do que disse ao Luciano, é tão desgastante aquela simultaniedade para quem se quer tambem poeta:'comunicador atravez do puro conceito de Poesia', que não necessita de régras ou réguas, apenas de liberdade de expressão e, claro, do puro conceito de Beleza. Convencimento? Eu sei que voce não é cruel.
Perdoe-me a pressa, estou atrasado para o trabalho. Sinto, espero não estar enganado, um esforço seu em decantar nossa virtualidade, e estou deveras gostando, minha árvore do ser pressente, já no início do ano, uma devotada primavera.
Ficou bonitinho esse final, rss.
Beijos