segunda-feira, 27 de abril de 2009

Идиот


"(...) mesmo acarinhado e bem tratado por todos, embora até sendo visto como um coitadinho devido à sua bondade, não se consegue livrar da chacota e das alfinetadas que frequentemente lhe atiram, como é tão próprio serem lançadas por quem se aproveita da bondade de alguém que, erroneamente, a relacionam com algum tipo de pessoa fraca e débil. Nem suspeitam pois que, por ser conotado como um pateta, um idiota debaixo do olhar de toda a gente, o príncipe seja capaz de ser tão esperto que os restantes, quanto mais detentor de uma mente superior, possuindo um dom intuitivo, praticamente profético, capaz de deslindar a essência do espírito sob os rostos de quem o rodeia, o fundo das pessoas, ou seja, a verdadeira índole de cada um e avaliar na perfeição os seus atributos. (...)"
O Idiota é um livro escrito entre os anos de 1867 a 1868, por Fiódor Dostoiévski. (Wikipédia)

Ultimamente, venho sentindo-me como aquele personagem.

Exatamente depois que criei este blog. Por que? Não sei. Só sei que jamais admitiria a culpa ser das minhas críticas quase íntimas e, ao mesmo tempo, universais, para com a sociedade e a alguns indivíduos em particular. Paradoxo, claro, apesar que facilmente confundidas com caoticidade. Mas quais paradoxos não são caóticos? Os da Natureza, óbvio.
Mas admito muito facilmente, enquanto não tão bem contestado, a culpa é das poucas pessoas, diretamente ou indiretamente, que o acessaram e as muito poucas que comentaram minhas postagens.
Mas esses exíguos contatos não são o suficiente para tal definição, porque sobra ainda muita suspeita quanto aos fatores: educação e massacre de uma mídia exclusiva para o mercado, chovendo no molhado, capitalista selvagem.
Por exemplo: neste post, quem ficar na superfície, vai se cansar de encontrar "redundâncias".
E cansa mesmo! E atualmente o número de pessoas que se cansam sem um "pagamento", não importa o contexto, imediato ou a longo prazo, quando muito, é irrisório.
Mas quem ainda conserva ou adquiriu, espontaneamente, o gosto por entender a fundo todo contexto que o envolve na vida, com certeza vai entender este e os demais post deste blog, e possivelmente deixará um comentário substancial, quer dizer, um pouco mais além do rotineiro blá blá blá de elogios, apesar destes sempre agradáveis.
Antecipando, para finalisar, àqueles que já me acham antipático ou 'desnutrido' culturalmente, ou àqueles que estão chegando agora, saibam que este ponto de vista (imaginário?) é consequência do que aprendi com aquele livro, referido no início deste texto.

Aproveitem e releiam, ou leiam, para espantar o 'cansaço' ou a alienação 'bem vista'.




3 comentários:

Anônimo disse...

cuidado
com o
fiódor
ó dor
dos toiévski
no fio.

na verificação de palavras aparece anonic-lembra alguma coisa robótica,
tecnologicamente contada por dias.

Devir disse...

Uhmmmmm
por pouco não engasguei
com a certeza
mas cerveja nunca é demais
Camila

Sou seu até os ouvidos: explica

Voce gostou do cão?
Em filmagem
pode começar com o cara dormindo
lentamente no sonho
para terminar no cara acordando
na cadeira
no fundo
de um bar
vasio
de manhã.

abraço

Devir disse...

E atualmente o número de pessoas que se cansam sem um "pagamento", não importa o contexto, imediato ou a longo prazo, quando muito, é irrisório.
Neste parágrafo há uma contradiçao.
Talvez Freud explica porque inverti o sentido da palavra irrisório.
Vou corrigir; grande, Lya.