terça-feira, 23 de março de 2010

Crimes e cremes espetaculares

Entre o obscurantismo e o espetáculo
Ainda estamos, sem excessão, desolados
Diante das respostas para as eternas perguntas:
De onde viemos? O que somos? Para onde vamos?
Que facilmente se resumi em: O que acontece?
Óbvio que, se racionalizar, cada um tem sua resposta
Mas, em experiência própria, a resposta é impossível
Porque, apesar da "espécie", o irracional prevalece
E nos torna semelhantes a todas as espécies; presos
Queira ou não, à luta pela sobrevivência, pela força!
Soma-se a isso a capacidade de "substituir" os dentes...

Quem não se regozija a vantagem de ser mais forte?

Para não citar inumeráveis exemplos do dia a dia comum
Digo que em um ano e meio blogando, sem qualquer ameaça
Física ou financeira, apenas questionando nossas(!) fraquezas
Obviamente, portanto, revelando completamente as minhas
Encontrei tantos muros quanto indiferenças implacáveis...

Vícios, em conjunto com criminalidade ou "loucura"
Penso eu, sem referências bibliográficas, é tão somente
Uma narrativa muito sensível e radical de recusa ao "normal"
Justamente porque este se coloca como imperativo...

Quem se considera e é considerado "certo", não por poucas vezes
já se sentiu escravizado, e se deixou levar racionalizando assim:
"A vida é assim mesmo"?

Ou, com sensibilidade moderada, procura uma fuga paliativa?

5 comentários:

Mariana Abi Asli disse...

O desconhecido é a melhor forma de atingir o conhecimento...(seé que ele existe, rs)
bjkitas
artísticas

Devir disse...

Nada mais competente
do que este beijo
no caminho de um orgasmo
rss, artístico

Devir disse...

Mariana

Certa vez, entrei, tambem
A luz eternamente escura
o incenso era tão sutil
que só havia este sentido

Era feito shangrilá invisível
ou muito escuro, onde sentados ao chão
podíamos nos desintregar de vez

Eu, no escuro, prefiro abrir os olhos
e me vejo eternamente de volta
à mãe ou à "menos pior" caverna de platão

As duas opções, para cada neurônio
fazia a felicidade de cada lugar
um fazia comparação com o outro e vicieversa
inventaram, nequele escuro, outras cores

Eu chutava as latas imitando grafites
transbordava o chão, sujamos o fundo das calças
a mensagem louvando os afogamentos

Eu boiei e me divertia enquanto todos nadavam
no escuro, compreendi a razão do óbvio
cégo, na primeira vez, tudo é surpresa

Dei conta do tempo sem o temor de antes
sua delicadeza e sem pressa ação sobre a pele
não havia comparação no reino de deus

Uma primeira luz se acendeu, e logo todas
olhamo-nos e detemos por instante o real
desejo, para lamber um pouco mais, antes

Beijos, sem os dentes

Sueli Maia (Mai) disse...

É verdade, temos mais perguntas que respostas e quando , por fim, pensamos que as resolvemos, outras nos chegam como atualização e ensejo para o crescimento.

São várias as possibilidades, perspectivas de visão.
Um texto a ser pensado.


...
P.S.

Preciso te agradecer as leituras que vens fazendo em um de meus blogs.
Há muito que se dizer acerca do medo. É algo que parece não se esgotar, como disse. Paradoxalmente, há nele uma face que delimita território e assim contribui para a sobrevivência e há uma que escravisa e limita o movimento.

interessante, não?

abraços

Devir disse...

Interessante, rss, fala baixo, os mercadores não dormem...

Tanto o que podemos contribuir
e o que podemos nos limitar
perfaz, em uma "sintonia finíssima"
a diferença

Esta aí, conceito caro
é muito foda
atualmente
não colocar à venda
ou flexar os próprios olhos

Forte abraço