domingo, 24 de maio de 2009

Crescendo



Tenho 49, para voce parametrar
quantas vezes fugi de mim, tantas
quando me encontro nem sei mais
talvez sou mesmo a coisa escutada

Mas lá no "peito do cú" da alma
o homem resiste, amando guerreando
sofrendo às gargalhadas palavras
proferidas emprestadas ao torpor

Feliz por nunca esperar mel ou fel
sua gigante a demanda de minha luz
impressa calafrios tesão trabalho
expressão a gosto de quem me exaure

"Rumo ao não sei o que, (crescendo)
que nada sei senão que o não saber
é o que me alimenta(feito Diógenes
depois Sócrates) já não mais tenho olhos"



http://fortalezadegelatina.blogspot.com/
Um grande abraço, Paula
25 de Maio de 2009 01:49

8 comentários:

Paula Freitas disse...

Obrigada pela citação. Em muito me lisonjeia.

Luciano Fraga disse...

É companheiro, a busca do vazio de tudo que é neste oceano de enfermidades e insônias. Vamos conduzindo nossos barcos entre bancos de areia e icebergs invisíveis, tentando quebrar o gelo que derrete-se em nós, belo, grande abraço mestre.

Zana Sampaio disse...

... e que o encontro seja sempre adiado para em outras questões que surjam na fulga de si nasçam tantos outros versos tão bons quanto estes.

Devir disse...

Quero agradecer muito para voce, Mestre, e, junto a outro muito, faço a multuplicação dos pães, para voce, Zana, simultaneamente(perco este medo a cada conexão valiosa que os sentimentos me colocam).
Apesar que nós, os 'sis', muitas vezes, aceitamos, inúmeras delas com prazer, uma das quaisquer variantes kafkianas para, comicamente, talvez, somente entender nosso próprio sentido Na vida.
Claro que, momentos, fases ou toda vida, só nos tornamos cômicos, porque, certamente, não aprendemos com experiências anteriores.
Claro tambem que, há quem aprenda sem cair, mas duvido muito que exista super herois no mundo real.
Dois abraços.

Anônimo disse...

"sofrendo às gargalhadas palavras
proferidas emprestadas ao torpor"

esses versos me lembram o filme
"a última gargalhada" do Murnau.
e combina perfeitamente com torpor porque o torpor é efêmero e ao mesmo tempo contínuo, visto que é necessário, assim como o sofrimento. se não houvesse sofrimento, o torpor seria só mais uma coisa pra soma e não uma oposição.

Devir disse...

Que bom, Camila

Exata, o torpor
das gargalhadas palavras
inauditas, é claro
assim com o sofrimento
dos outros, às vezes
aberrantemente sonoros
são "efêmeros" mesmos, mas
que Deus me perdoe,
somados são muito chato, e
em "oposição", esquecidos.

bat_thrash disse...

Concordo com o Luciano.

Que mundo imenso
onde só estou de passagem
e do qual me sinto alijada?
melhor solitária no alto,
que entre pretensos humanos,
em constante sobressalto.

Beijo.

Devir disse...

Bat, quê firmeza!