domingo, 3 de maio de 2009

No escuro do cinema


Persépolis foi declarada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO em 1979.
E...
E...
Tantas histórias pessoais viraram passado.
Eu conheci a Marcia, professora, filósofa e, tambem, lúcida. Ela paga muito caro, como a menina principal deste filme, lutando por uma tal humanidade perdida ou até então jamais encontrada; que se originou em HQ, por Marjane Satrapi. Não sei o preço, obviamente porque perdemos o gosto pela intimidade, sem interesses escusos ou inócuos, amor universal.
Em uma desventura(que não se esqueçam os meus pescoços, toda boa aventura é recheada de ) aqui no blog, numa das melhores mortes que consegui, morrer num saloon, engasgado durante um long long time sorver de vodka russa, receita das origens do antigo povo eslavo ORIENTAL, conheci mais uma fundamentalista descrente; assim como.
Mas a melhor experiência semelhante, claro, a primeira, foi a brima. Ela, virgem, recém chegada da prisão de ignorâncias, marcou minha transição da juventude para o tal próximo passo de todo SER humano. Há quem chame de fase adulta, com todos os seus sentidos obrigatórios, mas eu não consigo definir o destino humano em fases. Afinal, quem ainda não carrega fardos e monta na nave louca das grandes alegrias momentâneas? Eu tinha 16 anos.
O que significa fundamentalista descrente? Faço-me essa pergunta porque não sou mais bobo de esperar alguem que a faça por mim. A minha melhor resposta, sem fugir ao meu estilo, é o caso em que já não se acredita mais em princípios, sem abandoná-los. Mas quem quiser repetir a pergunta, agora que perdeu a graça, e isso não significa que contei o final do filme, faça-a a si mesmo, ou crie uma alternativa. Ou dê outra resposta!
Ual, de repente estou lembrando de todas, e até da Edina, que eu costumava, por princípio, rss, separar ou cobrir com véus intelectuais ou lúdicos.
Essas fundamentalistas descrentes ansiam por um papo-cabeça, mas suas operações de fuga são quase milagrosas; coisas que ninguem se esforça mais em acreditar.
Talvez não exista mesmo milagres, e nós, século 21, OCIDENTAIS, nem precisamos mais, se caso ainda, porque executamos, a todo instante, a dissolução corpo-alma. Isso gera conflitos íntimos, o que endossa minha teoria, da intimidade banida do sociável sem interesses unilaterais.
Imagine o inferno nisso: sócios que não se contém em fazer tudo, a qualquer preço, para se tornarem majoritários. Ou o mais próximo possível dos.
Desse jeito, se minha vontade fosse ser crítico de cinema, eu já estaria somente alimentando ratos, porque duvido que alguem sentiu vontade de assistir, uma animação!, Persepolis.
Parece normal que comentaristas e ou críticos de futebol não revelem seus times de coração. Isso soa como fundamentalismo e estamos sempre postos, se crentes, para combater, até nossos próprios. Acho que a dissolução, do predicado 'humano', é inevitável, caso não aconteçam milagres.
Ironia não é meu forte, ou a recuso por não ser força, mas é o princípio de abandonar os princípios que destroe os lados da civilização e, sem os lados, não pode existir equilibrio.

3 comentários:

Luciano Fraga disse...

Meu caro Devir,princípios, meios e fins por todos os lados, difícil buscar equilíbrio quando tudo nesta vida anda empenado.Ultimamente não tenho encontrado forças para laurear,meus princípios estão assim, digamos embrutecido.Grande reflexão, abraço.

Devir disse...

Realmente, Luciano, estamos embrutecidos por todos os lados.
Parece impossível uma nova etapa de EVOLUÇÃO. Ou já estamos nela e, consequentemente, não podemos exergá-la. Culpa dos não e revolucionários, nossos pais?
Por que toda revolução termina laureada pela mais antiga das mentiras?
Aquele abraço.

Luciano Fraga disse...

Sumiu irmão? Espero sinais de vida à vista, abraço.