quinta-feira, 18 de junho de 2009

Da evolução das espécies


A família reunida defrente ao vídeo.

Antigamente, dizem, a população era pequena, estas reuniões aconteciam em galhos, e haviam muitas árvores sem ninguém. Hoje em dia toda a floresta está ocupada. Não existem mais lugares vasios, rochedos, desertos e as águas estão repletas de nós. De todos, da espécie, quem mais sofre são os velhos, os tímidos e os fracos em geral, porque precisam esperar a boa vontade dos novos, corajosos e fortes, cederem um lugar.

Em vão, os mais ousados, de ambas categorias, lançam frases, poemas, estórias e pensamentos, em favor de harmonia, igualdade de direitos e evolução do entendimento.

Apesar da minha "cara", não faço parte da categoria de excluidos do bem estar, nem tampouco da categoria dos satisfeitos com a atual condição que se encontra nossa sociedade.

Meu envelhecimento, minha timidez e fraqueza tem razões outras, externas e impostas pela ignorância, não faz parte do padrão animal. Tambem não sou inteligente, porem tenho certos conhecimentos, o que me permite sobreviver fora das árvores, rochedos e águas.

Na presença de um predador, não corro, não tremo e nem deixo de lutar, de uma forma misteriosa, eles se afastam quando exponho textos como este:

Nenhum de nós está só
Mesmo o que expiramos
è inalado por alguém

A luz que brilha sobre mim
Brilha sobre o meu vizinho

Desse modo, tudo está conectado
Com o resto

Dessa forma, eu estou conectado
Com meu amigo
Assim como estou conectado
com meu inimigo

Dessa forma, não existe diferença
entre mim e meu amigo

Dessa forma, não existe diferença
entre mim e meu inimigo

Nenhum de nós está só

(pensamento copiado do seriado Life)

8 comentários:

Cristiane Felipe disse...

seus textos são muitos bons... lá no seu comentário no meu blog, adorei!

Abraço

Adriana Godoy disse...

Devir, se for isso mesmo pode ser uma saída?...estamos conectados ao planeta, às pessoas de alguma forma. Às vezes penso nessas coisas e piro. Gostei de seu texto. Beijo.

Devir disse...

Cristiane, gosto de tudo assim

Assim?
Quando o tudo não basta
tem que estar incandescente
ao ser humano, nenhum excesso
físico, para não haver maltrato
mas à mente, sabedoria e ponto.

Tudo o quê?
"Humano, demasiadamente humano"
porque sabedoria é símbolo e ponto
em comparação ao tudo é nada

Aquele abraço

Devir disse...

Adriana Godoy

Por que esta certeja me dá sede?
Pode me mostrar a saída?
Pirar, só se for agora!!!

Beijo

Luciano Fraga disse...

Caro amigo, uma lição de sabedoria.Não conseguiremos curar as feridas, mas podemos continuar valentes quando cuidamos do jardins, mesmo que aqueles que são considerados inimigos(não os reconheço fisicamente), venham pisar sobre as flores, o que não deixa de ser uma relação de interdependência, "eu" me chamo coisa alguma e gostaria de ter de volta os meus instintos, grandioso outra vez, abração.

Unknown disse...

"Disconfio que existem 3 devires. Um, antes dos nomes, quando ainda há liberdade. Dois, do nascer ao morrer, quando tudo é necessidade. Tres, o nome e a história de seu nome."

Maravilhoso seu texto inicial!

Muito bom também, texto e poema. Sim somos todos iguais, sobre o mesmo brilho, no mesmo meio existencial, com medos ou não de predadores.

Forte, bonito e estou nessa!

Beijos, amigo

Mirse

Devir disse...

Fico feliz, um
estar acompanhado, dois
na imortalidade, tres
devires de Vida.

Beijos (rss, incendiados)

Devir disse...

Luciano, meu caro amigo
só voce para sacar
minhas botas, jamais servil
antes dos meus humanos
amigos esparsos
erros.

Belo olhar de lado!!!

Aquele Abraço