domingo, 28 de junho de 2009

Diga NÃO às Drogas


Vou começar de uma forma proposital, consciência livre, tentando resolver problemas triviais que possuem a fama de ser insolúveis, por motivos, na base do chutômetro, psicológicos e que fazem mal a saúde do corpo. Sou contra.


Este texto é ou seria para participar da Campanha Diga Não Às Drogas. A indução ocorreu durante uma visita zapeada ao espaço dos blogs. Sou à favor.


Minha mãe tem 80 anos. Agora a pouco, depois de assistir ao filme Quart4B, do Marcelo Galvão, fui até a cozinha para tomar o avant-terrible café, feito de manhã, e aproveitei para (tentar)contar a estória. Sou contra.

O filme conta uma situação inusitada, que passam algumas pessoas, pais de alunos de uma mesma sala de aula, são convocados para uma reunião, cujo motivo foi um faxineiro ter encontrado uma quantidade de maconha embaixo da carteira, mas não se sabe qual foi a criança responsável. Sou à favor.

Até aí minha mãe prestou atenção, quando descrevi o inusitado, ela interrompeu com um julgamento sumário; desculpável. Sou à favor.


É cruel, o filme, porque parece insuperável, semelhante às drogas. Sou à favor.


Acredito que não é necessário distinguir a legalidade, tal palavra tem sentidos paradoxais; é legal em um momento e ilegal noutro. O 'jeitinho brasileiro' tambem é um problema trivial. Atitude policialesca não se confunde com Justiça. Embora esta se confunda em 'foruns particulares'. Sou contra.


E seria exaustivo criar duas colunas, em uma relacionar o que não é droga, na outra o que é droga. Sei que há quem prefira assim, mas não vejo relevância alguma, além de uma posterior equiparação a outros relatórios, tipo o bem e o mal de determinada droga. Relatórios desse tipo adoçam cafés, chás, sucos, águas em mamadeiras para substituir o leite, etc. Sou contra.


Quando blogs elegem ou depõem presidentes de nações, talvez vai ficar difícil dizer que este espaço virtual seja uma droga benigna ou maligna. Sou à favor.


Ser à favor ou contra plantar bananas é um exemplo clássico do paradoxo da droga e da questão policial, onde a Justiça deve prevalecer. Sou à favor.


Justificar o gosto por uma droga condenada pelo bom senso, com o argumento tipo 'quem nunca deu seus peguinhas', não tomou seus golinhos etílicos, disse suas mentirinhas, 'mijou fora bacia', jamais olhou feio para placa de proibido, etc., é covardia intolerável. Sou contra.


Justificar sua indiferença por alguem que se perde em uma ou várias drogas ilícitas e lícitas, com a expressão 'paciência' é uma covardia tolerável. Sou contra.


Maconha, haxixe, cocaína, crack, ópio, heroína, ácidos sintéticos, em exemplos, são consideradas drogas ílicitas pela Ordem Pública, e lícitas por uma suposta Ordem Particular induzida pelas circunstâncias. Sou à favor.


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Fazer relatórios contra ou favor é exaustivo, para quem ler também, sempre parece que não servem para os própositos pertinentes. Portanto, sou à favor do trabalho e contra a canseira.


6 comentários:

Adriana Godoy disse...

Uma forma interessante de abordar um assunto tão cheio de arestas. Não sei se sou contra ou a favor, mas certamente acrescentou novas percepções. É isso, Devir.

PS; Em tempo, obrigada pelas visitas ao meu blog e comentários tão especiais.

Devir disse...

oh gata grata surpresa
Uma consideração elogiosa, quando eu esperava um sôco no peito

Neste momento estava lendo sobre uma visão interessante da Morte de Deus, cujo velório ocorreu no final do milênio passado. Tem um grupo de filósofos quase jovens na Europa que sustentam, com argumentos inapeláveis, que Ele está bem vivo. Se quiser zapear a cabeça deles, comece por esta senha: Trías, Eugenio.

Claro que uma pesquisa histórica deve proceder como se fosse Amor; já viu pesquisa mais interessante?
Li algo assim, ou ouvi o Voz.

E quase agora tambem conversava com a namorada de meu filho(tá na minha foto) que dizia não conseguir levar tão a sério o mundo virtual moderno(internet), porque se algo, algum coelho sair da cartola, jamais será um coelho real, e se anjos não existirem de fato, então vai sair uma terrível ou escrota personificação.

Adriana Godoy, espero estar vivo para ver, subjetivamente, enfim, outra dimensão de mundo, além deste denominado real, tão objetivo quanto.

Luciano Fraga disse...

Amigo, como diria um velho amigo(não comum, infelizmente por tratar-se de gente muito boa),"não sou contra nem a favor, muito pelo contrário...", achei perfeito quando você evita relacionar o que é uma droga ou não,"a vida as vezes até parece uma festa...", noutras uma droga perfeita e somos quase obrigados a consumi-la,paradoxalmente, talvez com a liberação os casos passariam a ser tratados como um problema de saúde e não de polícia, mesmo assim no meio tem o talvez... Abraço.

Cristiane Felipe disse...

Ontem fui dormir com peso na alma após assistir o profissão repórter que abordava esse tema.
Tudo começa ingenuamente, e na maioria das vezes transborda em tragédias...
Seu ponto de vista e a mnaneira com que coloca isso aqui é muito pertinente.

Abraços

Devir disse...

Luciano, voce me chutou o saco?
Se chutou, é golpe baixo.
Voce tem dúvidas se sou gente boa?
O que posso fazer para que voce sane sua dúvida? Ou, se tiver certeza que não sou, o que prefere que eu faça? Dou-lhe este crédito só porque tenho certeza que voce é gente boa.

Devir disse...

Cristiane, que ótimo comment

Eu também assisti, é lamentável que tal situação exista dentro da mesma dimensão que todos estamos, a realidade.
Até o ano de 1984 tive muitos problemas com esta extratificação social, os drogaditos. Na época era a cocaína que assustava a sociedade. Eles não possoem um status criminoso, são capazes, desde roubar celular até matar um estadista, imagine, apenas para sustentar sua fraqueza.
O programa centralizava a atenção sobre o crack; esta droga, nos últimos 5 anos, está atingindo "jovens de todas as idades" também da classe social média para alta, então se pode saber o quanto maior será o tamanho do estrago para a sociedade brasileira.

Infelizmente achei impertinente não estender meu ponto de vista, mas prometo voltar ao assunto. Na área do tratamento médico dos drogaditos, existem absurdos inemagináveis, tanto quanto na área policial.