quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Evolução democrática; pão e pedra


"O Rio faz suas margens, ou são as margens que fazem o Rio?"

Voce não quebra a cabeça na pedra, mas a pedra quebra sua cabeça, Rafael Ilha. Voce se faz de coitado, quer ser mais idiota que os idiotas. Parece que as fontes gostam, elas fazem como voce, às vezes, ou "quase sempre" na sua língua de camaleão pedra, quando se vêem, e assim também lhe vêem quando se vê no espelho e vê suas transformações na pele, na face, nos olhos, no tamanho. Parece que as fontes gostam, depois destas transmutações de sua imagem, guardam as delas atrás da orelha e voce as guarda na gaveta, no armário, na brecha do forro, esconde no quintal, etc. Assim como as fontes, ninguém pode saber, quer dizer, "só as minas".
As fontes adoram saber que voce, depois de perceber todas as coisas, fica triste, mas de uma tristeza "legal", diferente dessas tristezas inerente à realidade, e se isola e chora açucaradas lágrimas ouvindo Starless and Bible Black do Crimson, todo culpado por elas.
Voce sabe que elas não tem escolhas, que ninguém, "dentro da mais profunda necessidade", possui porra nenhuma.
Que toda dor é dividida, seja sua música, seja sua pedra.
Voce não sabe que as fontes só querem a música, voce não aceita e, por sua velha contradição sexual, se se compaixona. Voce se acha bonito, e dá mais e mais pauladas nessa droga da auto compaixão. Voce quer fugir de ser mais um paulatino da civilização, rafael qualquer ilha?
Voce até que tentou se fazer de vinho e creme e rebolados quando criança.
Mas o vinho azedou, não fechou tão bem seus olhos, excomungou-se, depois a família e agora a sociedade ébria em seu "paraíso artificial"(Baudelaire).
O creme não escondeu os reflexos prematuros da ressaca.
Não conseguiu dançar conforme a "música".
Espera um momento de inspiração do "Datena", porque até o Zagalo teve, dizer que aqui na Terra ninguém enfrenta a ressaca como só voce, "o único", a enfrentou com coragem e heroísmo, sem morrer nessa merda de vida artificial.
Sonha sem qualquer contra gosto acordar com a Ana Maria Braga dizendo que voce é a "prova mais cabal" da impossibilidade do herói sem coragem e só de beleza.
E ainda quer uma chance de se expressar, rebolar até se preciso for, no roda viva do Estado.
Esperanças e sonhos e pequenas autoridades nos assuntos, é sua senda brasileira, Cara.
E feito, sob ou sem efeito de drogas lícitas ou ilícitas, qualquer babaca careta covarde, também faz tudo ao contrário.
Reza para deuses mediatos, fantasia o imediato e ignora as grandes autoridades nos assuntos.
Quando voce pensa que não tem nada deles, eles pensam que não tem tudo de voce.
Enquanto voce se quer tão competente e singular eles são tão elegantemente plurais, e também quando voce se limpa, se perfuma e se iguala higienicamente na guerra de espírito eles se acham tão singular. Diferença e indiferença, cara e coroa, corações e mentes, oito ou oitenta, todos os extremos ingredientes ou sobras do meio são sua paz de espirito.
Mas, companheiro, se precisar encontrar ajuda, se seu lado babaca careta covarde merecer sequer uma chance, tente achar uma companhia inteira, porque elas existem, são as eternas excessões ou outros extremos, aonde os espiritos não sejam esterilizados ao ponto da inexistência de Vida; sem a qual não há a menor chance para voce e nem para ninguém. Acima de tudo, com ou - dê preferência sempre à sua "saúde" - no drugs, persista, porque em vida o humano prevalece.

"A concepção humanista da "realidade", como algo resistente, contudo maleável, que controla nosso pensamento como uma energia que deve ser levada em "conta" incessantemente (embora não necessariamente meramente copiada) é evidentemente uma dificuldade que se apresenta aos neófitos. A situação faz-me lembrar de uma pela qual passei pessoalmente. Certa vez escrevi um ensaio sobre o nosso direito de acreditar, que, infelizmente, chamei de Desejo de Acreditar. Todos os críticos, niglegenciando o ensaio, caíram sobre o título. Psicologicamente era impossível, moralmente, iníquo. "Desejo de enganar", "desejo de fingir", foram espirituosamente proposto como títulos substitutos."(William James)

Fica esperto, cresça de fato, vai com fé e coragem e alegria, gratuita mesmo!, de encontro com seu destino, Ser. Estamos todos, neste momento atual da civilização, prestes a institucionalizar, como fazem os viciados em qualquer coisa, o não-humano da indiferença e da melhor atenção canina, e se Deus precisa existir, Ele vai precisar estar dormindo mesmo(!) para não ver o que pode acontecer com os extremos, inclusive democráticos.
Finalmente, ilustrando minha neutralidade sem indiferença(!) e jamais encima de muros, ainda no assunto sobre novas ondas que nem sempre quebram em praias alegres, para todo rafael ilhas e continentes, tomando o conceito de metáfora poética ao extremo, surfar é sempre um bom motivo, mas jamais uma boa desculpa.
Um forte abraço, garoto.

Atenção a todos(!): para quem não entendeu este texto, somente porque não tem conhecimentos eficientes porém muita naturalidade humana(!), desejo-lhes a paciência dos verdadeiros heróis da resistência, e para aqueles(as) que possuem conhecimentos somente suficientes e pouca naturalidade humana (o bem e o mal em dialética), desejo-lhes "rajadas e mais rajadas de água bem gelada(!) para que acordem definitivamente", em nome do verdadeiro conceito de Democracia, que suplanta o pão e circo da indolência de torcidas.

6 comentários:

Luciano Fraga disse...

Caro amigo Devir,Humano demasiado humano, assim entendi, se houver sua permissão , vou publicar no meu blog, abraço.

Devir disse...

Fique à vontade, mas, por favor, não deixe que a cidade fique apavorada, ou, muito menos, jogue bosta em mim ou no pobre elemento.

Grande abraço, Luciano

Anita Mendes disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anita Mendes disse...

por onde anda o nosso Devir? saudadinhas...

Devir disse...

Olá, Anita

Minha 'conexão' sofreu avarias!!!

E voce, tudo bem? Por onde?

Devir disse...

Olá, Anita

É tão comum
porém jamais simples
tampouco complexo
diante de tantos espelhos
- brigar com Deus, rss
"não pode" -
a gente se incomodar
com coisas que fazemos
ou não fazemos
e só vemos no outro;
então repito:
"E voce, tudo bem? Por onde?

29 de Outubro de 2009 12:13"

Beijo