quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Da agonia das horas



Tempo contido


Eu vou me soltar, prometo, antes de cada final
não mais ficarei, não mais deixarei, eu quero
não vamos ficar assim como se de frente ao monitor
e eu nem sequer olho fujo nem um pouco pela janela
E hoje até aparece que lhe incomodei, desvirtuado
tanto são tão poucas veses que olho além de seus olhos
e olhei seu tornozelo e senti falta da correntinha e também
até eu fiquei surpreso comigo olhei muito seus lábios e cabelos
Aconteceu aquele momento que sabemos que não precisa dar certo
que nem precisamos torcer para haver uma segunda vez
porque sempre vai haver, depois do primeiro passo
ninguém jamais recua, ou um vai para outro lado, ou vamos de todo jeito
E enfim crescemos juntos nestas semanas, ficou tão certo que o final
sempre é do passo anterior, e não vou mais hesitar por não saber
se devia tocá-la ou se você preferia que eu não pedisse, que você prefere
que eu haja normalmente e satisfaça o mais rápido a nossa vontade

6 comentários:

Anita Mendes disse...

ai que lindo! essa depressao com gostinho de esperanca e o que nos faz viver!
deixa esse tempo louco passar tua agonia que o tempo tem tempo par coisas melhores! beijos e forca!

Ps: estarei de viagem por alguns dias e nao poderei visitar os blogs dos meus queridos amigos por um tempo... so queria te dizer!
beijao! Anita

Adriana Godoy disse...

Ei, Devir...gostei desse lado quase romântico, quase carente. bj

Luciano Fraga disse...

Caro amigo Devir,antes os homens tinham tempo, hoje possuem relógios."Tento acertar meu relógio pelo seu,parado, há tanto com o suor do pulso, seco a pulseira de couro partida que ainda guarda algum sal...Não consegui chegar a tempo, de pegar seu passo emparelhar-me- servir de companhia para sempre- e passar à descendêncios firmes compromissos pois me perdi pelo caminho..." Gostei desse tempo contido,tá tudo muito corrido no mesmo lugar, aquele abraço. vamo

Luciano Fraga disse...

PS.errata- descendência.

Anônimo disse...

Incontável e "incontível" o tempo é sempre o senhor de todas as coisas. Tudo o mais, fora do tempo, é atraso ou ansiedade.

O tempo nasceu bem antes dos nomes.

Belo texto!

Devir disse...

Sem tirar nem por, rss

Anita, recebo suas palavras como se no real precisasse mesmo passar antes por aqui e beijar seu menino

AGod, quase virtual, quase real!!!

Luciano, é verdade, o meu Tempo
fica assim parado quase morto mas
de repente... consegui conciliar, rss

Roberta, disse tudo sobre agonia

Perdoem-me, peguei na mão do vento
deitei sobre as ondas... deixei o
trem parado na estação dessa vez mas armei uma gostosa revolta, rss

Beijos e abraço