domingo, 30 de agosto de 2009

A revolução dos bichos


“As criaturas de fora olhavam
de um porco para um homem,
de um homem para um porco
para um homem outra vez;
mas já era impossível distinguir
quem era homem, quem era porco”. ORWELL

Menoridade é a incapacidade de fazer uso de seu entendimento sem a direção de outro indivíduo. O homem é o próprio culpado dessa menoridade se a causa dela não se encontra na falta de entendimento, mas na falta de decisão e coragem de servi-se se si mesmo sem a direção de outrem. KANT.
Resposta à pergunta: Que é o Esclarecimento?

5 comentários:

Luciano Fraga disse...

Caro amigo Devir,sempre cutucando o cascão.Um porco não olha nos olhos, muitos homens também,o porco anda sempre cabisbaixo, certos homens também.Qual a causa disso aí? Submissão ao autoritarismo de outrem? Lembra-se de Júlia e do Grande Irmão? Quem pensasse diferente cometeria um crime(crimidéia), tentaram reduzir e acho até que conseguiram transformar certos homens em peças, com pensamentos limitados ou zerados, mas sem fugir, o esclarecimento é a chance mínima de ( quase um átomo) saber disso e andar sozinho, parece-me.Qualquer dia saberemos porque não somos porcos...Forte abraço.

Devir disse...

Muito oportuno, Luciano
é o seu comentário.

E, por ser mais que uma simples peça, com alusão quase inexorável à indústria mecânica, não me sinto nem um pouco desfavorecido.
A grande prova que já não existe mais peças insubstituíveis, é já estar no meu segundo transplante renal. O primeiro fiz de irmão; que depois maldisse tão sublime gesto de humanidade. O segundo foi de cadáver; espero que este não se chafurde de volta no barro.
Cobramos, quase sempre quando não andamos sozinhos, dívidas que até Deus fecha os olhos indignados, para não desmembrar suas crias.
Sempre quis saber o sentido da vida quando nem mesmo sabia o sentido deste meu ser peça do mundo, estando ele em harmonia ou na mais completa confusão.
Depois, cansado de procurar aquele sentido e não achar, não por orgulho ou vergonha, sem perguntar para ninguém, fui procurar o sentido do mundo e suas peças; também cansei.
Atualmente não pergunto por quais sentidos, o da peça e o do mundo, descobri que ele já está comigo desde quando me tornei homem.

Luciano, da minha parte não sou contra nem fulano nem sicrano, nem a favor de beltrano ou marciano.

"Qualquer dia saberemos porque não somos porcos..." É para assustar?
Ou, porque é óbvio que me incluo e espero tambem por este Big... Eyer.

Anônimo disse...

"Menoridade é a incapacidade de fazer uso de seu entendimento sem a direção de outro indivíduo."

"Servi-se se si mesmo sem a direção de outrem."

Para legitimar o postulado, acredito que somente furando meus 2 olhos, meus 2 tímpanos, me negando o tato, o paladar, os cheiros e principalmente as pessoas.

Me formo a partir de experiencias e contato com o que está lá fora e com o que está aqui dentro!

Viva!

Devir disse...

E é claro podemos absorver tudo que vem de fora e de dentro sem
se tornar um papagaio ou robot.
De fora, comunicação de para...
De dentro, dialética involuntária.

Viva!!!

Anônimo disse...

Os olhos traem, atraem, buscam, indagam, imitam, assustam e só se fecham para dormir.

Talvez no sono, no sonho, as coisas possam ser.

Ou talvez somente para o cego.