terça-feira, 25 de agosto de 2009

Estar vivo não é fácil



SIMPATIA RADIOATIVA
Para contar com toda a comunidade blogger

Verificar sentido de The Sorcere's Apprentice, Paul Dukas.
E, I'm not a Hero e Whi so Serious?, Hans Zimmer.
Façam uma "redação", podem mentir, dêem preferência à mentira, defenda a sua QUESTÃO pessoal, avisem-me, e escreverei um comentário.
(Em futuro não tão breve vai ficar melhor; vai ser o lema das redações e comentários intertextuais "afora")

ENTRE NÓS

Meu caro amigo, Luciano, e (seus) amigos que não mostram qualquer cara, quebrem seus espelhos!
Será que eu criei um problema ou apontei problemas que já existiam? Aquele por este?
Será que as paredes estão a nossa volta ou em torno de mim?
Quem de nós(todos!) que tem o costume de verificar se as portas e janelas estão realmente fechadas?
Qual de nós se exauri em tentativas fracassadas para arrombar portas, janelas e derrubar paredes?
Ou então não existem paredes, inventamos-las na imaginação tão somente para impulsionar nossa criatividade?
A ditadura DO PODER veio a baixo?
Os tabus deixaram de fazer efeitos angustiantes?
Os totens são o sentido último de nossa existência?
Quais, as minhas palavras ou as palavras das Bíblias ou da história do brasil, propõem uma regra definitiva para nós brasileiros?
Só mesmo uma divindade para repartir pães e fazer vir o vinho do nada? Futebol deve ser jogado com 11 versus 11 e todos devem se comprimentar até a próxima partida?
As nações livres já podem exportar, inclusive alimentos e remédios, para Cuba?
Quando o dedo de Deus se tornou mais um problema, outra região erógena do corpo, o que fazemos, vira-se filósofo ou poeta como qualquer indivíduo, encontra-se um buraco em si, para si e ou para outros; ou vira-se covarde, enfia-se nos próprios buracos; ou valentes, no buraco dos outros; ou doentes, no gatilho de uma arma, tanto para satisfação bem pessoal quanto para a solução jamais esperada?
Paciência, enquanto ciência ou ignorância, é santidade ou virtude?
É liberdade ou necessidade, encontrar ou inventar, nomes para tudo que passa a existir, negado ou afirmado?
Para melhor interlocução ou alvo?
Como atacar quem inventou o ataque, quem vai primeiro o pinto ou a boceta?
Inventando uma defesa, até quando pensarão tal bobagem?
Quem foge primeiro da responsabilidade, a imaginação ou o pensamento?
Até quando causa e efeito simultâneos será a regra do bom senso, e escolher obcecadamente um dos lado será ataque ou defesa do senso comum?
Quem responder tudo ou parcialmente, ou nenhuma pergunta, sabe que lhe está acontecendo a vida, inexoravelmente a própria?

PALAVRAS DO SENSO COMUM

"Como é possível que qualquer coisa exista - matéria, espírito, ou Deus? Foi preciso uma causa, e uma causa da causa, e assim indefinidamente?"
"Por que uma realidade ordenada, em que nosso pensamento se reencontra como num espelho? Por que o mundo não é incoerente?"
"Como estar certo, definitivamente certo, que fizemos o que queríamos fazer?"

PALAVRAS DOS OUTROS

"Este esforço exorcizará alguns fantasmas de problemas que obcecam o metafísico, isto é, cada um de nós.
Falo desses problemas angustiantes e insolúveis que não dizem respeito ao que é, que se referem mais ao que não é.
Tal é o problema da origem do ser.
Remontamos então de causa em causa: e se nos detemos em qualquer parte, não é porque nossa inteligência nada mais busca para além, é que nossa imaginação acaba por fechar os olhos, como sobre um abismo, para escapar à vertigem.
Assim é também o problema da ordem geral.
Digo que estes problemas se referem ao que não é muito mais ao que é.
Com efeito, jamais nos espantaríamos com o fato de existir alguma coisa - matéria , espírito, Deus - se não admitíssemos implicitamente que nada poderia existir.
Figuramos-nos, ou melhor, acreditamos nos figurar, que o ser veio preencher um vasio e que o nada preexistiria logicamente ao ser:
A realidade primordial - quer a chamemos matéria, espírito, Deus - viria por acréscimo, e isto é incompreensível.
Do mesmo modo, não perguntaríamos por que a ordem existe se não crêssemos conceber uma desordem que se teria sujeitado à ordem e que, consequentemente, a precederia, ao menos idealmente.
Haveria então necessidade de que a ordem fosse explicada, enquanto a desordem, sendo de direito, não precisaria de explicação.
É este o ponto de vista em que nos arriscamos a permanecer, se buscamos somente compreender.
À medida que dilatamos nossa vontade, que tendemos reabsorver nosso pensamento e que simpatizamos mais e mais com o esforço que engendra as coisas, esses terríveis problemas recuam, desaparecem.
Porque sentimos que uma vontade ou um pensamento divinamente criador é demasiadamente pleno de si mesmo, em sua imensa realidade, para que a ideia de uma falta de ordem ou de uma deficiência de ser possa apenas roçá-lo.
Representar-se a possibilidade da desordem absoluta, ou mais ainda, do nada, seria para esse pensamento dizer-se que ele poderia não ser integralmente, e isto seria uma fraqueza incompatível com sua natureza, que é força.
Quanto mais nos voltamos para ele, mais as dúvidas que atormentam o homem normal e são nos parecem anormais e mórbidas.
Lembremos-nos daqueles que fecham uma janela, depois retornam para verificar a fechadura, depois para verificar a verificação, assim por diante.
Se lhe perguntamos seus motivos, ele nos dirá que teria podido reabrir a janela cada vez que tratava de fechá-la melhor."

(Henri Bergson - O pensamento e o Movente -
Tradução de Franklin Leopoldo e Silva - Editora Nova Cultura)

§

Roberta, da mesma forma que acredito ser impossível amar sem relações sexuais no "mundo real", sei também que é preciso ser criança, e graças a Deus, se iludir que é possível amar com relações sexuais também no "mundo virtual". Acredito em voce. Tenho quase certeza que foi a única a entender exatamente o que escrevi sobre as situações limites.
Um verso único de poeta (bem mineira) poderia ser o ideal para isto; mas isto está para acontecer, credito:

Nosso devir veste prada
veste o diabo, pedra e voce
e veste qualquer um, mas
não vai mudar ninguém

Hoje foi um dia que não lavei sequer uma das meias sujas que carrego comigo porque não vou andar pelado; não tenho escolhas. "Toda nudez será castigada".
Tentei certa vez andar por aí com as "velhas roupas coloridas". Sem lavar como nos bons tempos; eu tentei, mas aprendi que as cores são tão mais importantes quanto cobrir meu corpo. Questão de higiene pública; temos uma epidemia de gripe diferente por ano.
Não lavei; estou começando a gostar da rabujem que me aguarda o avançar da idade.
O branco é realmente desafiador, só com a experiência que aprendemos a igualdade de todos os predicados.

PREDICADO INDETERMINADO E OCULTO

Ir ao banco de dinheiro ou da praça só de um pé de meia realmente é irrisório; são somente dois pingos no "is". Nem tampouco vou de branco e livro na praia ou piscina.

§

É tão bom a gente antecipar o que seremos quando todo mundo poderá ver que ficamos velhos. Eu vejo que rabugice só quer deitar em sua cama para voce fazer cafuné.
Pelo menos até "bater" outra ideia. Sumir por conta própria, e jamais voltar com mentiras ou lamentações sem tesão.

§

Sem televisão ligada com a família, tradição e propriedade; com a própria, fazemos um esforço sempre que queremos, para que a vida valha pelo menos 1 real.

§

Momentos com voce devem ser como são, os fatos relevantes da vida, e principalmente como são os filhos; são sempre seus, só a estupidez finge não ver.

10 comentários:

Adriana Godoy disse...

Devir, não sei se foi pra mim o recadinho para correr atrás do coelho branco, mas como não sou alice, fico por aqui no meio de suas palvras loucas, mas que de alguma maneira fazem sentido. Não me considero burra, mas talvez não alcance sua genialidade. beijo.

Luciano Fraga disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Luciano Fraga disse...

Caro amigo Devir, mesa posta, comida farta, iguarias para todo tipo de estômago (tem até azeite da Bahia - usado em rituais do candomblé),será que o candomblé tem a sua Bíblia e seu Cristo? Ou tudo é natural e pertence à natureza dos Orixás? Quem tem medo de Exu ou Ogum?(rs).Parece-me que tudo que aparece é mera aparência, sem essência.Não há nada que se possa dizer a respeito de coisa alguma.Uma carroça, não é uma carroça,são os pneus, a carroceria,o banco, os parafusos e tudo que a compõe.Não podemos apontar "surgimentos, falecimentos, qualquer vinda, qualquer ida, qualquer aumento, qualquer reconhecimento, ou qualquer obscurecimento".Tudo é natureza das alucinações ilusórias.Então acho que tudo que acontece está além de concepções e de qualquer possibilidade de descrição intelectual.A maioria das perguntas estão ainda pendentes em mim e se me expressei mal ou compreendi da mesma forma,agirei diferente de nossa querida Adriana - Serei um Burro(rs), prometo quebrar o espelho e "rastejar como uma tartaruga".Você ainda vai deixar um de nós pelo avesso...Aquele abraço.

Anônimo disse...

Estar vivo é fácil. O difícil mesmo é viver!

O Luciano me fez lembrar a tela de Renné Magrite: "Ceci n'est pas une pipe" - Isso não é um cachimbo.

Se nada é nada do que parece ser o que estamos fazendo aqui? Este branco que sustenta minhas palavras não é papel, menos ainda parede de uma caverna.

Evoluímos no ritmo da virtualidade. Mesmo quando ainda pintávamos um bisão antes de irmos à caça.

Rito e mito! Sempre...

Não entendi a parte que me toca! (rs!)

Anônimo disse...

Devir, a redação vale ponto?

Devir disse...

Acho que voce pensou assim:
Se parece que o devir tem tanto fõlego para escrever, vamos ver se ele tem para ler e... claro, se defender do próprio veneno.
Muito bom! Luciano, veremos...

A Alice cresceu ou está no sofa,
neste momento a escrever
para depois beijar e esquecer?

Já viajei bastante, mas em direção ao nordeste brasileiro, cheguei até o Vitória. Mas não precisaria sequer sair do lugar para conhecer o Candomblé e nunca, até agora, despertou o meu interesse. Quem sabe...? Respeito a sutileza, realmente é preciso conhecer outras religiões além das cristãs.

Os nomes geralmente criam esses fatos divididos entre diversos pontos de vistas. Quem nunca usou o nome buda como pejorativo de uma pessoa que não se mexe muito? Ou orixás àquelas muito inquietas.
Exú, por exemplo, em bandos, numa madrugada, quando se fica sem condução ou o carro quebra no meio do caminho, o guincho demora ou acabou os ônibus, então se um bando de caras "seres humanos" vindo, vindo bem lentamente... Nesses momentos torce-se para não baixar um exú, até em si mesmo.

Sobre essências, aparências e resposabilidades do ser, e o livre arbítrio não se destaca nunca de qualquer situação, digo que respeito isso com a própria vida, porque se percebe apenas o que se fêz perceber (vide posts gerais), o que se encontra fora, encoberto ou vasio, em última isntãncia, entende, exerce seu direito.
Essências, aparências e responsabilidades só não podem, porque difinitivamente injustas, causar o mal para outrem.

Abominável sutileza, tão absoluta
que o ser da carroça não foi pronunciado para que permaneça pleno de ser!!!
Esta foi a minha sensação metafísica ao assistir Allen (1), que existe outro ser além de nós.
Sem medo podemos reconhecer e aceitar que começou outra vida.

Vivo fábulas, café e cigarros, e sei que são noscivos ás doenças, só para saber também que o avesso
da tartaturuga são rápidos coelhos.

Aquele abraço camarada, Luciano

Devir disse...

Sórriso de ironia?

Devir disse...

Nossssa, como é gostosa essa risada
de prazer e que se dane todo conecimento, a vida quer é viver!!!

Aluna chata? rss
Vale sim, acredite.

Pruit Igoe - Philip Glass
melhor que cianuteto
e Renné Magrite.

Ou para contar aos nossos netos.

Sendo tudo de tudo que parece ser.

Tontens e tabús, jamais
para sempre.

Consultar universitário? Pooode, rss.

Gostou do poema?

Anônimo disse...

Adorei o poema! Não me contive em risadas! (Desculpe) Mas minha chefe é igualzinho a dona louca lá do Diabo veste Prada. (Imagine a figura).

Não tem jeito, vou suprimindo pela risada ou enlouqueço de vez!

Pruit Igoe - Philip Glass, sim, sim, melhor que Magritte! Ow!

Ah, já me esquecendo: lave as meias!

Anônimo disse...

Não consigo filosofar! De verdade!

Em alguns dos seus posts fico feito Aline Durão do Terça Insana: Ôô, Ôô, Ôô..

http://www.youtube.com/watch?v=nY2Wyh7Kngc