sábado, 21 de novembro de 2009

Banhando os porcos


"O que é, exatamente por ser tal como é, não vai ficar tal como está." (Brecth)

O pai chegou para sua filhinha de 2 anos e perguntou:
- Por que voce só gosta de assistir estes monstrinhos?
A filha, aparentemente sem prestar atenção nem ao pai nem à TV, responde de pronto:
- Não são monstrinhos, pai.
Na TV passa o Teletubes. O pai, assessor para assuntos externos.


Aos decendentes do apóstolo traidor

Quando chifres crescerem em suas cabeças, lembrem-se de mim.

Quando lhes acontecerem tragédias naturais, acidentes diários e traições pessoais, lembrem-se de mim.

Quando, raramente, a lama lhes causarem imenso prazer, lembrem-se de mim.

Quando darem seus próprios nomes aos bodes expiatórios, lembrem-se de mim.

Quando nascerem porcos e galinhas de suas lucubrações de mágoas, lembrem-se de mim.

Quando um miserável por consequências suas pousar ao seus olhares para dizer não às suas falsas gentilezas e isso lhes causarem náuseas, lembrem-se de mim.

Quando suas invejas não assumidas se tornarem invejas assumidas, lembrem-se de mim.

Quando a saudade não existir para lembrar o que acabou e se tornar compulsão para salvar o que se perde, lembrem-se de mim.

Quando suas libidos morrerem para a espontaneidade, lembrem-se de mim.

Quando suas ingenuidades aparentemente inocentes revelarem-nos iníquos, lembrem-se de mim.

Quando suas sensibilidades não mais adoçar suas técnicas de darem o mínimo para receberem o máximo esforço, lembrem-se de mim.

Quando darem conta da enorme falácia que suas lógicas de inferências e argumentos de armário lhes abandonaram, lembrem-se de mim.

A diferença entre a História e o Sistema de Ideias e Crenças sobre o devir dos nomes: "isto não é dialética!!!"

"A dialética não é nem uma razão constituinte trascendente à história que ela informa, nem uma razão constituida, esclerosada e coagulada numa etapa do desenvolvimento, nem uma simples hipótese de trabalho que se abandona do mesmo modo como foi escolhida, simplesmente por sua comodidade, mas sim o produto de uma epigênese [rss, teoria da transformação dos seres por gerações graduais] histórica: cada etapa de seu desenvolvimento consolida o adquirido no momento mesmo que é superado. É o arcabouço de uma história que se está fazendo."

Don't Explain [away, Anita]
Hush now, don't explain
You're the cause of all my trouble and pain
Unless you're mad
Don't explain
My love, my love, my love
Don't explain

There is nothing within me now to gain
You know that I love you
Look what loving has done
All my thoughts were real
And so sincere
I'm so completely yours

You know I hear folks cha-cha-cha-chatter
And I know you cheat
Right or wrong, that now doesn't matter
You're here with me
Sit down, have a seat
It's your time to feel the pain
It's your time to weep
Don't explain

Hush now, don't explain
There is nothing within me now to gain
I'm gonna skip it instead
Don't explain
Don't explain

2 comentários:

Luciano Fraga disse...

Caro amigo Devir,sou fruto das idéias que projeto em mim, aquilo que invento para transformar em uma identidade, com isso vou dando vida, consistência ao meu ego (que me faz cada vez mais acreditar nessa verdade e em outras), que não é a minha natureza original(pura), assim busco corrigir meus defeitos(muitos) e acertos(que parecem poucos) e as boas intenções(que creio serem muitas)observando meu espelho interior e tomando alguns seres iluminados como espelhos também, mas creio que nada esteja fora de mim, nem com quem eu pareço(rs).Assim minha carga de pólvora e meu mergulho na lama buscam unicamente destroçar este ego, nada mais.Fraternal abraço.

Devir disse...

A ciência é fundamental e a arte é essêncial.
O resto é a dificuldade de crer.
Use sua ciência para entender e sua arte para sofrer com as verdades (nos) roubada.
A ciência não calcula' o tempo que voce e eu levamos para estes instantes
e a arte não sabe também traduzir' porque não consigo dizer
que não acredito em voce.
A ciência dá nome e substância ao Homem
e a arte dá sentido.

Seu comment é uma fábula, e elas adoram; um grande espelho, verso e perverso, sujo e correto.

A idéia de Deus no corpo de cada ser humano é uma impostura, mas é o "top do pós moderno", tão na
"crista da onda" que, por ela, podemos vislumbrar uma nova "era uma vez em qualquer ponto da galáxia".

Claro que eu jamais relaxaria uma postura a troco de "30 dinheiros" ou "audiência", que não são nem arte nem ciência.

Se Deus é uma experiência única e intransferível, por que não tem um nome para cada uma delas?
Por que só nomeamos o que é do Homem.

Se Homem não fosse do Homem, fosse uma experiência única e intrasferível, e assim aprenderíamos desde ao nascer, por que damos tanta preferência ao devir dos nomes?

Deus não mostra, nem explica para quem não quer ver.
E o que se vê, não porque "Deus explicou", é verdade.

"Deus é um impostor", sendo humano, e é a dificuldade de crer.

Esta visão parece contemporânea?

E parece sem postura positiva?

É, caro, nem Maria Rita se parece em fundamento e essência com Elis.

Em post anterior criei um jogo de valor entre arte e ciência, características humanas, demasiadamente humanas e antes dos nomes.

Finalizando este amálgama, desde o tempo em que temíamos raios e trovões, quando Deus (não) era nome, portanto era do Homem, que os nomeadamentesabidos usam do medo para fins bélicos.

Do curso do rio, Sócrates, quando ainda existia a filosofia, disse:
"Era uma vez um filósofo". E ainda poucas pessoas entendem.

Para mim a História é maior que Deus, jamais haverá sentido dizer que era uma vez a História.

ps. Sócrates morreu por traição.