quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Gentileza gera venda


Moro a cem metros, aproximadamente,
da Rodovia Raposo Tavares,
a duzentos do Pão de Açúcar,
a cento e oitenta do Wall Mart, e,
em breve, a cento e cinquenta de um Shopping,
cujo dono é o mesmo do Shopping Iguatemi.

Infelizmente, ou, por "gentileza", felizmente, "não se vende armas no Brasil".
Uma Snaiper, usada, com poucas cabeças perfuradas, custaria os olhos da cara.
As máximas políticas para nações mínimas.
Francos atiradores acertam a ponta língua.

"Ficar cego feito uma criança

por medo ou insegurança."

Felizmente, não por "gentileza", a máxima noção Google, apoia o devir. As bolas
dos olhos são completamente brancas, por gentileza,
a paz é uma excessão às regras.

Não vou mais atacar, não vou mais me defender, e nem sequer questionar o utilitarismo
dessa era que já vai tarde.

Ballad of a thin man - Bob Dylan

Balada de um Homem Magro:

Você entra para o quarto
Com seu lápis em sua mão
Você vê alguém nu
E diz, "Quem é esse homem?"
Você tenta
Mas não consegue entender
Exatamente o que irá dizer
Quando chegar em casa
Porque algo está acontecendo aqui
Mas você não sabe do que se trata
Sabe, Mr. Jones?

Você levanta a cabeça
E pergunta, "Seria isto onde é o que isto é?"
E alguém aponta para você e diz, "É dele"
E você diz, "O que é meu?"
E outra pessoa diz, "Onde, o que é?"
E você diz, "Oh meu Deus Estarei eu aqui sozinho?"
Porque algo está acontecendo aqui
Mas você não sabe do que se trata
Sabe, Mr. Jones?

Sua mão em sua passagem
E você vai assistir o CDF
Que imediatamente chega a você
Quando ele lhe ouve falar
E diz, "Como é que se sente em ser tamanha aberração?"
E você diz, "Impossível"
Enquanto ele lhe oferece um osso
Porque algo está acontecendo aqui
Mas você não sabe do que se trata
Sabe, Mr. Jones?

Você tem vários contatos
Entre os madeireiros
Para lhe trazer os fatos
Quando alguém ataca sua imaginação
Mas ninguém tem qualquer respeito
De qualquer forma eles já esperam você
Para apenas dar um cheque
Descontáveis no imposto de renda
Para organizações de caridades
Você esteve com os professores
E todos eles gostaram de sua fachada
Com os grandes advogados que você tem
Discutem leprosos e ladrões
Você leu
Todos os livros de F. Scott Fitzgerald
Você tem um conhecimento literário amplo
Já se sabe
Porque algo está acontecendo aqui
Mas você não sabe do que se trata
Sabe, Mr. Jones?

Bem, o engolidor de espadas
Ele chega até você
Em seguida se ajoelha
E se benze
E então ele bate o seu salto alto
E sem mais notificar
Ele lhe pergunta como se sente
E diz, "Aqui está sua garganta de volta
Obrigado pelo empréstimo"
Porque algo está acontecendo aqui
Mas você não sabe do que se trata
Sabe, Mr. Jones?

Agora você vê este anão caolho
Gritando a palavra "AGORA"
E você diz, "Porque razão?"
E ele diz, "Como?"
E você diz, "O que isto quer dizer?"
E ele berra de volta, "Você é uma vaca
Me dê seu leite ou vá para casa"
Porque algo está acontecendo aqui
Mas você não sabe do que se trata
Sabe, Mr. Jones?

Bem, você entra em um quarto
Como um camelo e depois você franze
Você coloca seus olhos no bolso
E seu nariz no chão
Deveria existir uma lei
Contra você aparecendo por aqui
Você deveria ser obrigado a usar um egoísta
Porque algo está acontecendo aqui
Mas você não sabe do que se trata
Sabe, Mr. Jones?


4 comentários:

Luciano Fraga disse...

Caro amigo Devir, encontrei nestes maravilhosos versos um pouco da idéia:gentileza gera gentileza nesta era que "já vai tarde".

"Ele ganhava as meninas com seu jeito de bonito:
a roupa novinha em folha, cravo vermelho na mão,
charuto aceso na boca e bolsa cheia de promessas
de que um dia entregaria a qualquer uma o coração.

Mas noite é vida e vida é jogo e jogo é sorte e sorte
é vária;
coisa muito complicada: o amigo tem ou não tem.
Quem não tem sucesso ou grana tem que ter sorte
bastante,
para escapar salvo e são das balas de quem lhe quer bem.

Por isso eu fui Navalha, falei com Papel de Seda,
malandros amigos meus, que tinham vindo há mais tempo
Deles aprendi a arte de conviver com o perigo,
de respeitar sem temer qualquer espécie de gente.

Contei tudo. Eles iriam ver meu show na meia noite...
Falava a palavra AMOR, a letra da minha canção.
... O tipo, sentado à mesa, rugia e amassava o cravo.
Sangue: um golpe na garganta e um tiro no coração.

Eu não quero falar nada; eu quero é completar meu canto
pois sei que o show continua, que continua o viver.
Mas é bom tomar cuidado com quem entende o riscado:
To be or not to be quer dizer: ter ou não ter".
Grande abraço, no bom coração.

Devir disse...

É bem o caso de quem está por cima, em destaque da multidão, se equilibrando para não cair, do lugar que todo mundo quer estar e que não cabe sequer um.
Quem vai oferecer um forte
aperto de mão?

Esconda ou dissimule sua felicidade, porque o buraco
sempre é mais embaixo.

Abraço

Devir disse...

Luciano, o cara bonito, de bigodão maneiro, desceu, talvez aprendeu, talvez não, talvez nada seja verdade, e mesmo que seja uma fatástica mentira, já foi dita, já a ouvimos, e dela o melhor a fazer, é manter nosso bom coração.

Devir disse...

É capaz que alguém possa deixar qualquer ainda/ponta de mágoa, porque hoje visitei um blog, que fez lembrar muito do que perdi, justamente por "perder tempo" respondendo na mesma altura.

Tão ilustrativo é este Tempo, quando se finda com a questão da gentileza. Nem todo mundo segue esta óbvia receita, tão diferente de uma gentileza ou de uma obrigação:

Quer sol quem dá amarelo.
Quer som quem oferece o canto.
Quer colo quem divide a cama.
Quer amor quem ama.

Um forte abraço de coração, Caro