sábado, 28 de novembro de 2009

I'm going beck to my Father


SOBRE ESPELHOS PARTIDOS
Àquele sem nome, um conceito com razão suficiente para tudo,
causa primeira e efeito último da existência da coisa/conceito,
cujo nome é Vida, Realidade, Isso, Isto, existe
tão mais quanto não poderia existir para negar.

A negação interroga-se; aquilo que se coloca para ser negado
não merece ser uma questão depois da negação?

Para escapar deste terreno árido e áspero,
que somos quase obrigados a trilhar se acaso quisermos
pensar à partir das coisas em si, que se chama filosofia,
nome tão sublime quanto risível,
porque se tornou "coisa de valor" no decorrer do Tempo,
vou mergulhar in art of house Rising Sun.

Rss, servindo por capricho ao lirismos da estrofe anterior:
Para escapar do terreno árido e áspero,
que em muitos casos a Arte se sublima...

"Há uma casa em New Orleans
Eles a chamam a casa do Sol Nascente
E é a ruína de várias pobres garotas
e eu, Deus, estou com elas

Minha mãe é uma costureira
ela confeccionou meu novo Blue Jeans
e o doce coração de meu pai
é um apostador

E ficam (down) em New Orleans...

E a única coisa que um apostador precisa
é de sua maleta e de sua garrafa
e toda vez que está satisfeito:
quando estão todos drogados

Com os copos acima do cérebro
e misturado com tudo em torno
seu único prazer é sair da vida
bebendo de bar em bar

Oh, peça a eles querida mamãe
nunca façam o que eu fiz
mas há uma casa em New Orleans
que se chama Sol Nascente

Com um pé na plataforma
e o outro no trem
eu vou voltar para New Orleans
e me acorrentar as pernas

Já estou em New Orleans
meto os pés na porta principal
voltando para o fim da minha vida
ficar (down) no Sol Nascente

Há uma casa em New Orleans
Eles a chamam a casa do Sol Nascente
E é a ruína de várias pobres garotas
e eu, Deus, estou com elas"

ps. Tradução, de ouvido, livre,
de meu filho. Ele me dizia:
pai é impossível "ouvir" Bob Dylan!
Apesar da verdade roubada,
tudo que aprendo e ensino sofrendo,
disse a ele: não me faça gentileza
que voce vai conseguir; pense
que Bob não era um papagaio.

Leitor(a), esta é a minha ruína, viver
como se antes da criação do mundo
ou depois, como quem jamais
pertenceu à própria espécie.

Agradeço:
À inspiração da Zana (muita saudade)
À provocação da Roberta(irmã da dor)
À perseverança da Ísis(asas pequenas)
e a todos(as) leitores(as)(incubadores)

4 comentários:

Anônimo disse...

Agradeço por textos e partilhas assim;)

Devir disse...

Que bom!
Muitas vezes, ou todas
meu filho é meu pai

rss, estou me morrendo
de saudade dele
amanhã, terça, fará uma semana
que não o vejo

Me morrendo, rss
atento ao barulho do portão

Grande abraço

Anônimo disse...

Devir! A irmã Dolores sou eu? rsss

"...Mais veloz que o meu pensamento,(que sempre fagocita as dores da Dolores), os berçários das maternidades enchem as cidades!"

Muita nvidade por aqui. Volto com calma amanhã, o sono já me chamou.

Unknown disse...

Acho que B.Dylan nos coloca onde quer, fazendo com que "vivamos" aquelas palavras e sua história, mas também nos dá a liberdade de confundirmos tudo com o que já está em nossas mentes.

~perceverança:
Insistência de permanecer ou se manter em algo ou em alguma coisa, independente de opniões desfavoráveis ou fracassos anteriores.
Rs, não poderia ter escolhido uma palavra mais apropriada; obrigada.

Beijo