domingo, 17 de janeiro de 2010

Breve história da gentileza

Atenção, não bastam as sinalizações
contra guerras e culturas desumanas


Se poesia sim fosse inquestionável

Estava desligando inúmeras portas
que entram
que saem
que se trancam
que se abrem
ora para estudar
ora para trabalhar
ora para conhecer
ora para contemplar
ora para esquecer
o calor da chapa
e se deixar torrar
e se deixar ideal
para a Humanidade
para alguém...

Estava desligando o computaDor
e confio no olhar saiDor

Os comentários!
"respondo prontamente: para que haja sempre um devir!"

E vou dormir nos céus
e também sonhar sonhar sonhar
com um mundo mais feliz

Por que existem questões inquestionáveis?

Na atual posição do processo do devir antes dos nomes, com certeza, então aqui e em qualquer lugar e tempo, mas apenas aqui pertinentemente, para que as ideias raramente entendidas e ou subentendidas não apavorem os mais fracos de espírito, nem incitem ao ódio os fortes de espírito.
Eu tento amenizar minha animalidade e ou conhecimentos quando recebo comentários ou respostas que, ao contrário de quem humildemente se revela que não entendeu nada ou muito pouco, revidam com ideias desfocadas ou focadas na minha própria e única (rss) pessoa estritamente física ou espiritual, com imaginações, e até mesmo "realidades" que diz respeito somente a mim - por exemplos, funcionalidade do pinto no aspecto sexual, consequentemente meu cú também sofre especulações fantásticas, se uso ou uso drogas ilícitas ou ilícitas -, que distorcem as minhas ideias, o mau velado quase sempre derivado dos costumes da eterna colonização, do senso comum semi analfabeto e raivoso devido ao descaso político/pessoal contra quem salienta qualquer desacordo com normas de convivência quase sempre em desacordo com a realidade da mesma, etc.
Em outras palavras, menos choramingas quanto as atitudes apontadas, questões inquestionáveis existem em qualquer lugar e tempo para que, dentro de parâmetros acessíveis para a média da força física e espiritual do mundo, ou de uma sociedade, comunidade ou um mínimo grupo de interlocutores(?) envolvidos, para, geralmente, defender quem questiona questões inquestionáveis, rss, porque sempre se arriscam a jamais ser levados a sério e ou ser escarnecido para o prazer mórbido, pessoal/coletivo.
Questões inquestionáveis até se poderia dizer que é um bom senso contra inúmeros símiles do senso comum.
A média da força física é quase uma questão inquestionável, porque quase se restringe apenas a interesses anatômicos/antropológicos.
A média da força espiritual é o sonho do bom senso!
A média da força espiritual é o lugar mais confortável que as questões inquestionáveis podem sobreviver e viver sua imortalidade conquistada no mínimo esforço.
A questão do mínimo esforço se esforça para ser também inquestionável; a fantasia que se torna real quase sempre quando adota meios espúrios para se defender.
Por exemplos, a começar pelos mais notáveis, todos aqueles que se beneficiam dos mormentes inquestionáveis sete pecados capitais.
A questão de o que ou quem criou ou denominou ou sentencia os sete pecados capitais é uma das maiores questões inquestionáveis.
Seria a Religião, ou a necessidade de outorgar a última palavra ao criador do universo, se este realmente existiu (questão inquestionável verdadeiramente inquestionável)?
Se damos nome ao tal verdadeiramente inquestionável, outorgamos-lhe poder absoluto, e até substituímos ou excluímos dele o conceito de Questão, pergunto-me quase sempre antes de dormir: O que eu estou fazendo Aqui?
Pouco tempo atrás apresentei aqui símile pergunta: Para quê?
E consegui uma única resposta, e graças talvez ao tal verdadeiramente inquestionável, mais correta impossível, porque inquestionável, de uma garota, talvez a caçula, por idade, do grupo que me servia de interlocutor. Pessoas dentro e fora, atuantes ou não, do blog.
A força contra a permanência do devir antes dos nomes vai se tornando dia a dia uma questão inquestionável.
Será que posso parar o processo espontâneo e perguntar: Por quê? De onde originou? Aonde quer chegar?
Venho usando de todas os recursos sabidos das histórias dos heróis, anti heróis, traidores e loucos, para expressar minhas ideias e nada, o blog devir antes dos nomes não adquiri uma identidade original: e humana, claro!
Rss, ninguém me ouve, ninguém me fala, ninguém me ama, ninguém se deixa amar por mim, e ninguém liga para mim.
Cobras e pererecas, sabidos e sabidas, ricos e pobres de espírito, bons e maus, não sou contra ninguém pessoalmente, sequer divido corpo físico de corpo espiritual, relaxem, se preciso for, tudo bem, eu peço perdão, ajudem-me a sair deste fundo do poço (sem morrer!!!) que, apesar de extraordinário, estou perdendo até as esperanças.

Um mundo contra Goldstein

"Talvez chegue o dia em que o restante da criação animal venha a adquirir os direitos que jamais poderiam ter-lhe sido negados, a não ser pela mão da tirania. Os franceses já descobriram que o escuro da pele não é razão para que um ser humano seja irremediavelmente abandonado aos caprichos de um torturador. Ë possível que um dia se reconheça que o número de pernas, a vilosidade da pele ou a terminação do osso sacro são razões igualmente insuficientes para abandonar um ser senciente ao mesmo destino. O que mais deveria traçar a linha intransponível? A faculdade da razão, ou talvez a capacidade da linguagem? Mas um cavalo ou um cão adulto são incomparavelmente mais racionais e comunicativos do que um bebê de um dia, de uma semana, ou até mesmo de um mês. Supondo, porém, que as coisas não fossem assim, que importância teria tal fato? A questão não é ‘Eles são capazes de raciocinar?’, nem ‘São capazes de falar’, mas sim: ‘Eles são capazes de sofrer?’"

9 comentários:

Luciano Fraga disse...

Caro amigo Devir,no tocante a gentileza,seria inquestionável que ela gera,como alguns querem como regra?A necessidade da moralidade parece que nasce dos nossos desejos.julgamos imoral aquele que adota uma posiçâo de satisfazer os seus desejos, pensamos mal dos extravagantes ou imprudentes de alguma forma, por opção por isso ou aquilo(seja o pinto, a droga, lícita ou não),embora com essa atitude prejudique apenas a si mesmo,mas gentileza é prezar o(pelo) próximo.A vida não deveria ser tão metódica(ou nós),rigorosa.Será que conseguiremos atingir uma vida plena, será que nós conseguiremos exercer um dominio sobre nossas paixões?Assim acho que nossos impulsos quando não forem danosos a outros deveriam ter seu curso leve e livre,para isso precisamos de coragem e gentileza, ou seja que o outro nos deêm passagem, forte abraço.

Luciano Fraga disse...

Amigo Devir, estamos correndo com A Voz Da Pedra,desculpe a intromissão, mas sua coluna ficou- Antes dos Nomes, concorda? Ainda há tempo de mudanças, abraço.

Devir disse...

Opa, acho que devir, realmente, é muito genérico, por isso que o complemento, 'antes dos nomes', é fundamental. Devir é como a realidade, o fato de se poder falar sobre ela é uma prova inquestionável.
Ok, fica apenas Antes Dos Nomes.

Mas preciso rever a minha matéria, ok, aguarda que vou fazer isso hoje.

Claro que gentileza gera gentileza, como violência gera violência.
Tal questão, o que é gentileza, por que surgiu, como se mantém, e cabe também para a violência, são próprias do (devir) antes dos nomes.
E não devemos substituir ou intensificar os métodos, mas tão somente amplia-los.
No tocante a minha atitude mais pessoal, que sofre um rigor desmedido na "passagem", acho que posso duvidar das extravagâncias que prejudicam fisica/moralmente os outros, e duvido também, com bem mais rigor, daqueles que defendem, a qualquer custo, a sensatez.
Temos situações maravilhosas na história para ilustrar e reconhecer qual são os trâmites destes processos a nível de "inconsciente coletivo"; quanto mais dura a dita mais afiadas as perdras. Felizmente não estaria do lado da multidão que, tomando um exemplo bíblico, queria dizimar Maria. E, com certeza, Maria já tinha, durantes aquelas atitudes corriqueiras, boa pontaria, o que se revelou depois, graças ao Cara.

Minha gentileza é não estar junto a "multidão/outro", sempre, até nos pequenos momentos de serenidade, quando o desejo que me arrasta é "quase" impessoal.
Exemplo: Buceta, pinto, cú, outras, são partes do corpo, e quando o desejo se principia pelas partes, não vou, entendeu, não vou nem que me façam milionário durante um apagão, nem que me dêem um quase país de bucetas depois de fazer sucesso num reality show, não vou, pode matar.

E as paixões? Este tema é tão vasto e irredutível quanto o tema da dor, nos momentos de tragédias.

Naquele 11 de setembro das torres gêmeas(EUA), fatídico para os inocentes humanos demasiadamente humanos, no instante da segunda torre eu entrei na sala onde eu fazia um tratamento para a saúde, então perguntei para a enfermeira e aos outros pacientes:
- Que filme é este?
- Voce não sabe, ataque terrorista aos estados unidos, está acontecendo, aonde voce está com a cabeça? Uma enfermeira responde; mina foda, pode crer.
- Puta que o pariu!!! O Estados Unidos é foda. Exclamei, gritei.
- Eles são vítimas, seu louco.
- Muito difícil, impossível, isso é obra do próprio, é desumanidade.

Lembro que depois sentei em minha poltrona e chorei, porra, cheguei quase a soluçar, fiquei muito triste e a dor, sabia, era tão forte que não era só minha, era uma dor por e da humanidade.

O outro jamais vai dar passagem.

Voce se apresenta com coragem, ele ataca ou se defende.
Voce se apresenta com gentileza, ele lhe devora ou se desfaz.
Qual um animal incompetente para suster a sua humanidade natural.

É isso aí, vamo que vamo, por acaso há planos de tornar a 'voz da pedra' digital?

Forte abraço

Devir disse...

Perfeito, Luciano

O texto está perfeito para seu propósito e circunstância.
O último parágrafo é a melhor semente, como manda uma comunicação, aos modos formais e atuais de demolições quase literais; prepara-se, estuda-se, desenha-se e se lança com a segurança que Deus nos fornece.

Vamos!

Olhei para a foto no post e recordei a urgência do conceito de salvação pessoal ao salvar o universo - rss, por enquanto só o planeta Terra com toda a sua humanidade.

Estimo por sua igualdade
e sensatez nas grandes diferenças, Mestre.

Devir disse...

Eh, Luciano, não podia aparecer, agora, um comentário, definitivante do meu desejo, tipo tudo ou nada, de uma alienígina do planeta Erudito, um ser muito bela, no ponto gerto entre dislumbrante e dislumbrada e me perguntar se estou confundindo questões inquestionáveis com coisas que estão fora de questão?
São essas "falta de sorte" que fazem doer, doer muito, "muita dor" para justificar tamanha falta de justiça divina.

Luciano Fraga disse...

Caro amigo Devir,sim, sairá o blog que está em fase de arrumação e será tocado por um dos colaboradores(Duglas).Se o seu texto definitivo ficar pronto favor informar pois o anterior já está em mãos da pessoa que passará para o Corel, mas ainda há tempo para correções, abraço.

Devir disse...

Ok, Luciano
vou repetir, está perfeito.

Mariana Abi Asli disse...

vc está me lembrando Antoine Roquentin quando sua ludicidade vem à tona... pessoas, coisas, objetos, animais são assim, preferível criar uma série de "existências" para torná-la à própria ao menos suportável, somos niilistas meu caro,

bjim
Mari

Devir disse...

Acho que meu começo foi acreditando em tudo, tão forte e seguro, porque não questionava nada, mas que fui perdendo bem lentamente essa crença na vida.
Eu gosto de escrever sobre o passado, lembrar situações que eu nem percebia e me comportava como herói, salvando todas situações; em consequência disso, estava sempre em situações perdidas, tipo, se perdeu porque ninguém ligou, rss, então lá ia eu...
Antes mesmo de chegar a juventude, algo marrento dominava minhas preferências no contato com as pessoas. O mundo podia se acabar, o rock progressivo ia me congelando, lembro de noites alucinantes, luz negra, gente voando deitada pelo chão.
Acho que então comecei a ler filosofia, para entender o que se passava, mergulhei na fenomenologia e também Freud, Jung e Laing, minha identidade desapareceu; era um firmamento noturno ou praia deserta de dia.
Pisei no breque, puxei o freio de mão, parada muito brusca, rss, capotei, morri, para renascer adulto, nem lembrava ou isolei as lembranças da juventude.
Deste tempo até, acho, poucos anos atrás, contrui a pista, um foguete, tracei um plano e vou embora.
Do niilismo creio que piorei muito, então acredito que farei uma gentileza, para mim, a única certeza, claro, porque só e sempre contei comigo.
O herói infantil e as lembranças da juventude vieram à tona novamente, quero agora brincar de mundo de verdade.

Gostei muito do seu blog, acho que senti também este tesão de meter os dois pés na porta. Nos posts mais elaborados, a leitura mais longa deixa antever todos os sentimentos; uma tentação virtual, mas a Viviane é foda, sinto assim para estas paixões absurdas:

Se tem gelo, uma bebida forte.
Se só conversinha, uma cerveja.
Se vamos planejar, um vinho tinto.
Se quiser transar, só, nem bêbado.

Mariana, aquele forte abraço