quinta-feira, 29 de abril de 2010

Existir jamais como sacrifício essencial

Parece-me intangível o Outro
quando crê e pára de pensar.
Desde o primeiro texto, aqui,
quis romper com este "trote".

A vida fora daqui, deste limite virtual, é e não é verdade, e, assim, enquanto vida, nada diferencia dentro e fora.
Mas quanto a aplicação da verdade e da mentira é preciso jamais confundir tanto os espaços quantos os tempos, claro, nos relacionamentos entre as pessoas.
A virtualidade, quando compartilhada por duas ou mais pessoas, não afasta nem a espacialidade total, que cobra a capacidade de cada uma, se assim houver necessidade de uma ampliação para além da simples ideia, nem também a temporalidade imediatamente infinita, porque esta é inerente ao conceito de existência.
Não é incomum crer que, por ser virtual, um espaço/tempo não remeta a um sentido de vida.
Esta crença normalmente cria aquela confusão na aplicação e aceitação dos juízos - verdade ou mentira - e a amplifica a tal ponto que as pessoas perdem a noção da diferença, e ordem no mundo real, do que é existência e o que é essência desta.

Gostaria de continuar depreendendo sobre tais variantes de confusões e ou crendices, mas me sinto, talvez pelo exíguo comprometimento que me reservam as pessoas no espaço/tempo aqui e fora daqui, como se serrando os próprios pés aos quais me sustento.
Os questionamentos mormente criam mais esta confusão, o que atrapalharia muito o objetivo deste post: uma apreciação da entrevista concedida pela A. ao jornal A Voz da Pedra.
Como avalista deste pequeno rabuje particular, tenho também outro sentimento, e este praticamente certo, de que ela, todavia o alvo oportunamente isolado de meu interesse, não está sequer prestando a mínima atenção na minha existência e também sequer remotamente está preparada para perceber a minha essência (?).
E a prova mais rigorosa da inexistência de mágoas é o pertinente título.

Poderia também, subjetiva ou objetivamente, mencionar alguns dados históricos, embora escassos, sobre o ambiente familiar, e ou suas compreensões e gostos culturais, mas isso soaria como a mais pérfida crítica; quase sempre muito mais apaixonada do que amorosa.
La chose la plus difficile, quand on a commencé d'écrire, e'est d'sincére.
Il faudra remuer cette idée et définir ce qu'est la cincerité artistique.

6 comentários:

Adriana Godoy disse...

Devir, depois de trabalhar o dia inteiro(inclusive`à noite)chego em casa, precisamente agora 2h50 da matina, um tanto quanto chapada e encontro e esse texto seu que não sei exatamenmte dizer se é uma cri´tica boa ou ruim, e vc diz que não presto atenção na sua existência e isso sei que não é verdade. Posso não comentar mais seus textos pq, talvez não me encontre à altura ou realmente não os compreenda tanto que possa tecer um comentário significativo. Confesso, já que não sou filósofa, que tenho alguma dificuldade de apreender inteiramnete aquilo que precisaria de fato, mas gosto que vc cite meu nome em seu texto, sinal de que , de alguma maneira, a gente se encontrou nesse mundo estranho virtual. Quero dizer que gosto de seus textos, ainda que não os possa compreender tanto quanto mereciam. Desculpe a repetiçao de ideias e palavras, desculpe passar a imagem de que vc não signifique alguma coisa... e obrigada . Não li a entrevista no jornal citado, o Luciano ficou de me mandar uma cópia. É isso. Durma com os anjos. beijo.

Devir disse...

Chapada, uhm, "nunca pensei, rss", acho que subestimo meu caminhãozinho!
"Ando dormindo cedo, ultimamente", devido a fatores radicalmente amorosos, e talvez esta molemolência vem sobrepujando minha malemolência de praxe.
Dou-lhe razão; é terrível os reflexos do que somos realmente e portanto não é o que somos realmente, que são apenas reflexos que os olhos dos outros sumariamente vêem.
Mas, acredito que ainda está dormindo, são apenas 7;49hs, e confesso: apesar de não saber se seu comment é bom ou ruim, ou em outras palavras, se é tão lindo quanto esta manhã ou tão feia quanto este sábado, que me promete muitas visitas de gostos diversificados, onde terei que dialogar com gregos e troianos...
Então, resumindo tudo para que sirva como bálsamo para uma possível ressaca quando acordar, vou repetir o que disse no meu comment para seu último poema no Voz: que maravilhosa a vida FICA ao saber que voce não me é uma idealização apenas, que me faz muita diferença, que possui um vasto mundo muito além dos juizos e caprichos deste estreito mundo "real" = ora demoniáco ora divino.

Bom dia, AGod

ps., Fiz um suco com aquelas laranjas baianas "imensurávelmente laranja" que colhi na fazenda ontem, está na geladeira, estarei cuidando da Mama, qualquer coisa me liga, beijão.

Luciano Fraga disse...

Caro amigo Devir,mundo estranho, como disse nossa querida Godoy.parece que espaço tempo desapareceram em meio a esta velocidade.Intrometo-me na conversa de dois que considero amigos, apesar da virtualidade, que não é uma barreira intrasponível,mas o cheiro, o ar buscado, o calor humano fazem muita falta.Confesso que como Adriana, também cometo equívocos ao fazer coments sobre seus artigos profundos, mas també tenho a convicção de que a filosofia não é a detentora das verdades, tudo é tão aberto....Você sabe mais que nós dois juntos disso.Mas assim nascem as relações, diálogos e muito , muito respeito, gostei deste papo entre vocês, daria um curta,fico aqui deliciando-me com Concert in D por Steve Howe, com música de fundo, abraços.

Luciano Fraga disse...

Caro amigo Devir, se fizesse uma errata do meu texto acima, sairia um livro(rs), mas dá para entender, abraço.

Devir disse...

Caro amigo, levado a crer que, quer queira ou não, a humanidade caminha para a virtualidade radical, cometo tão logo minha prazerosas aventuras; no mais, o que rolar, se rolar, será, sem dúvidas nem vãs filosofias ou teologias, presentes da eternidade.

Ow, se puder, se houver novidades sobre o A Voz da Pedra, plís.

Devir disse...

Rss, e eu aqui, bem mais difícil que pensar e voces aí. Jamais também faria uma errata desse tipo, além de impossível, talvez por enquanto eu não consiga completar um livro, tenho lido páginas amarelinsandecidas da juventudo, principalmente daqueles tempos de escola no pendão da palavra - porra eu já usei avental, e branco, e não me sinto mal - sofria nos corredores, meio a meio solitário, observando e sempre quando vinha a professora, eu queria falar com ela, porra, queria e nunca sabia o que fazer, e eu, naquelas noites rasgava queimava folhas de brochura, fazia poema como quem se masturba até a morte, e vez ou outra eu não morria, então olhava a folha em branco, as linhas, textura, e pá.
Sem sacanagem, nem aquela velha molequase só pra pensar, gozava minhas mortes ap´´os mortes. Jamais tentei observar pelo ponto de vista da Higiene limpava, além do mais quem mais enxergava, sempre ninguém, sempre também estava se cagando. Eu preguei um vinil do Mutantes, sem capa, acima do soquete da lâmpada, tinha noites, naquelas raras noites de solitude histórica, quando voce se reconhece o que prefere ser no futuro, se propõe a fazer Arte, vai vendo, quando voce encontra aquele verso inicial, ou verso posterior, voces sabem como é trabalhar no tempo, então olha para o vinil e bate saudade, imagina toda subespécie de insetos sobre o disco, se quiser imagina girando, imagina aquele defeituoso botão de velocidade é como o dissabor do que não se precisa, ali, é cruel até os aparelhos domésticos ficam ultrapassados, certa vez observei uma amiga Loira, mais amiga dos meus amigos e amigos dos meus irmãos, pira não A.,

Porra, esse espaço de merda

abraços então na Googl