sexta-feira, 17 de julho de 2009

OU DEUSES OU ASTRONAUTAS?

http://www.ceticismoaberto.com/referencias/pilarferro.htm
Diante de uma reportagem, que fui obrigado a ver quatro veses hoje, no café, no almoço na 7 de Abril, quando voltei do trabalho e agora a pouco. Toneladas de lixo foram importadas da Inglaterra. Foram canais diferentes. E nada a discutir?
Tomemos como exemplo, portanto, questão de História: Séculos do julgo portugues. Cento e poucos anos de república dos estados unidos do Brasil.
Atualmente, o que somos?

§

FRASE DOS OUTROS
"Se há uma idealidade em mim, um pensamento que possui em mim um futuro, que até mesmo perfura meu espaço de consciencia e possui um futuro entre os outros e, por fim, transformada em escrita, possui um futuro em todo leitor possível, só pode ser este pensamento que não sacia nem a mim nem a eles, indicando uma deformação geral de minha paisagem, abrindo-a para o universal, precisamente porque antes de tudo é um impensado." O visível e o invisível, Merleau-Ponty. Editora Perspectiva.

POEMA
Um mergulho no tempo
(desatento em sala de aula, 2006)
É foda, se percebemos
"o tempo não pára"
e leva a vida junto

Um dia a menos
até parece sem importância
alguns minutos ouvindo música
e pedindo perdão
cantando mais mulheres
um beijo a menos

"Me perdoa
a vida é doce
e depressa demais"

Só para amar alguém a menos
(...)
Não havia pecado
não sei por que me esfolava
por ser inocente? ou burro?

Quando não se tem dinheiro
é bom ter músculos
e ódio
e amor
(...)

- Aonde voce vai agora?
- Vou andar um pouco.
- Quer ir ao cinema?
- Eu gosto de filme real.
- Voce está brincando.
- Quer que eu brinque de boneca?
- Voce quer ser minha barbie?
- Vamos ao cinema.
- Depois jantamos?
- Passamos a noite em um motel.
- Com certeza só falarei inverdades.
- Não vou mentir.
- Vou apreciar.
- Há tempos favoráveis.
- O sentimento não escolhe.
- O certo e o errado.
- É basilar para nossa vida.
- Fundamental para minha razão.
- Sou sua boneca de charme.
- E não me interessa... as grandes questões.
- Eu urro urro urro urro... feito um urso.
- A natureza seja louvada.
(...)
"Sexo verbal
não faz meu estilo
palavras são erros
e não quero lembrar
que eu erro também"
(...)
- Tim tim fique lúcida Sofia.
- Acho que vou morrer.
- E eu vou derreter sua péle de plástico.
- E eu vou estilhaçar a rotina de seus espelhos.
- Eu vou quebrar esse gêlo de seus olhos.
- Eu vou fincar bandeira em sua arma.
- Eu vou espalhar sua alma ao vento.
- Eu... Eu...
SÉTIMA ARTE
Banquete do Amor - Ao final, voce se pergunta, ao pensar que tudo vai se repetir, pior ou melhor, de uma forma ou de outra para todos, vale a pena? Se alguém souber a resposta que sopre no seu ouvido. Eu não sei a resposta, se soubesse jamais diria, preciso desapontá-lo(a); ganho fama de mau, e não dissimulo. Procure nos livros, procure na bola, procure na boneca, nada vai dizer, então procure deixar de lado sua pergunta, volte a viver, desta vez de olhos abertos. Deus não morreu, muito menos nos despreza. Deus também não está rindo de nós. Ele nos inveja, mesmo que depois sinta pena da nossa insignificância.

DURA CASCA DE NÓS
Que a Terra há de comer, assim seja, amém.
Lançado no mercado, a poucos dias, o modelo portátil, já vendeu um milhão de cópias. Cientistas escondem a fórmula de todas as maneiras. O Times já declarou que enfim chegamos à era do aquário. A juventude, depois desta transformação, inicia-se aos 5 anos, e a mais nova criança a ganhar um Prêmio Nobel da Paz, em cerimônia que reuniu os presidentes efetivos de áreas conjuntivas, declarou "Sou à favor da Natalidade Atual". Aos adultos que se cuidem, disse Marilena, minha secretária eletrõnica de 6 anos, sem nunca dar defeito, exceto lançar palpites infames. Poderia verificar por dentro, mas não tenho diploma, a garantia se estende até seus 9 anos. Eu a ganhei da amiga da amiga da espôsa de meu irmão. Eu gosto desta pirralha. Já tenho 10 anos. Não teria coragem de desligá-la e a deixar esquecida em um canto da casa.

MÚSICA
Collide, White Rabbit, se segure, feche os olhos.

LITERATURA
A Sabedoria dos Modernos, Luc Ferry, "Que nos dizia o mestre da política moderna? mais ou menos o seguinte, que não tem muito a ver com o cinismo geralmente associado a seu nome: para assentar seu poder de maneira forte e duradoura, o príncipe não deverá se apoiar na forma das instituições repressivas, nem tampouco na ajuda de seus pares, mas sim nas paixões mais comuns e mais populares. Com o que Maquiavel aparece, pelo menos em certo sentido, como o primeiro "democrata", como aquele que sujere ao príncipe não apenas levar em conta as paixões do povo, mas fundar nelas a autoridade dos governantes. Maneira, já, de dizer que a política deve arraigar-se nas interrogações da sociedade civil. O problema, claro, como Hobbes não deixou de ressaltar, é que as paixões mais comuns são as mais baixas: o ódio e, sobretudo, o medo, aliás inseparáveis um do outro."

SEMPRE É BOM LEMBRAR
"Às vezes a vida até parece uma festa, porque em certas horas, é só o que nos resta. Ficar cego feito uma criança, só por medo ou insegurança. Ficar mal ou bem acompanhado. Não importa se der tudo errado."
Exatamente porque se Van Gog tivesse em mãos tecnologia e retórica, ao invéz de uma navalha, não cortaria a própria orelha.
Não é uma diversão, para mim, contar, seja qualquer coisa, sobre a vida. Quando acontece, na certa fui levado pela atração da convivência.
O meu, o nosso, e os blogs, não são espaço para a retórica, contudo precisamos conviver e, se possível, sem nenhuma técnica. Ao contrário, portanto, do sentido e conteúdo de cada post e, rss, se possível, de cada comentário. Se preciso, sem orgulho, peça uma licença ao Tempo.
Existe um bem maior do que, no mínimo, romper as grades de uma prisão? Sabemos que somente as vítimas não retornam.
E tão somente os estóicos aproveitam o lugar para dar aula.
O exímio artista costuma derramar seu talento sobre objetos práticos.
Dalí, tanto quanto aquele automutilador, foi um artista execrável para quem a modéstia não lava sequer os próprios pés. Seus quadros jamais serviriam para calçar um caminhão de bobagens.
A indiferença aos Outros, e a diferença a poucos outros, dormem com as prostitutas.
Talvez o único defeito da convivência automática, porque o resto é maravilhoso como enxergar.
Nem toda confusão é sitoma de doença, assim como inúmeras formas de febre, apesar de oferecerem os mesmos riscos.
Prevenção nem sempre significa medo e insegurança.
Às vezes nem podemos ter qualquer direito, muitas delas por prazer, até sabendo, e se repetindo, que pode dar tudo errado.

6 comentários:

Luciano Fraga disse...

Estou ligado, volto logo, abraço.

Devir disse...

Oh eae, caro amigo

Banho tomado, pronto pra guerra
a doida que me suporta a meses
já me ligou várias vezes, arre

E voce, tem guerra por aí?

Até

Luciano Fraga disse...

Caro amigo Devir,parece-me que nosso grande problema, enquanto quihentos e poucos anos de colonizados é que ainda corre nas veias do nosso SUB(consciente) um sangue de senzalas e assim continuamos a receber o lixo, os restos e ao invés de reagirmos, fugimos e nos exilamos no primeiro Quilombo que nos oferece um tronco mais ameno.Pois é "tendo dinheiro não há coisas impossíveis" ao contrário usamos óculos escuros e seguimos com toda sinceridade afirmando categóricamente ser verdade as mentiras e mentiras, fazendo da boa fé uma potência para nos enganarmos, mas qual o mal nisso aí?pelo que consta em anotações do meu inferno diário, o inferno só tem boas intenções.Bom programa por aí, aqui vou ficando com um velho Supertramp falando de crimes do século enquanto planejo diabólicamente uma ressaca(isto sim que é má fé(rs),abração mestre.

Devir disse...

É, não há mal nenhum nisso...
Tranquilo...
Apontando (temendo) esquisofrenias
nas imagens do espelho.
Repare n'algumas passagens lúcidas
de Dom Quixote, e entenderá
o quanto sua ilusão não difere
em nada de seu duplo realista, Sancho Pança.
Tudo ao seu tempo e este foi nosso.
O "cara" de triste figura, fissurado em leituras de filosofia, caótico, lunático, impertinente, blá blá blá, acompanhado de outro "cara" de alegre figura, blá blá bla´.
E assim, fim de romance(gênero literário!!!), a melancolia vence, como sempre, sob outros nomes.
Decapitado em praça pública, bem brasileira, pelo crime de heresia; o pobre coitado acreditava, e pior, divulgava suas crenças absurdas, dizendo que existem sim aventura na realidade, que para cada anti-herói, mil heróis sobrevivem, que o efeito da imaginação dos antigos colonizadores devastam nossa consciência, invertem nossa auto-estima, iludi-nos a tal ponto que não mais possamos saber se estamos de dois ou de quatro, e brá brá brá. Pero visto, as índias morreram de amor ou estão grávidas de horror. Que dó.

Adriana Godoy disse...

Devir, às vezes você me assusta, embora seu poema-diálogo seja muito doce. Às vezes se desarmar é bom. bj

Devir disse...

Adriana Godoy, na minha memória
feito um quarto bagunçado de jovem
às vezes tropeço na

quando viajando a trabalho
começo da década de oitenta
antes de chegar a Itumbiara, Goiás
louco para almoçar, sol escaldante
parei em uma barraca à beira da
descasquei e comi 8 abacaxis
graças a a faca cortou tal casca
dentro encontrei mel inesquecível

Não fique assustada
diante do horror
pense, faça algo
pelos inocentes
e carrascos.

Nesse lindo sorriso irônico