terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Eu, voce e todos nós


Dedico este post a alguém que jamais me abandonaria


Um filme para alguém sem nome, ainda
ou com nome, que não precisa dizer
e também não precisa dizer
que jamais me abandonaria


Não por gentileza, não por favor, apenas por participação, não somente no blog, na minha vida, não leia antes qualquer crítica.


Porém, eu jamais ignoraria os efeitos nefastos de uma alienação, mesmo que fosse sustentável. Então, colei um trecho da melhor crítica que encontrei, e espero que sequer atrase sua curiosidade.


Não por gentileza, não por favor, apenas por participação, não somente no blog, na minha vida, deixe um comentário.


"Podemos escolher uma cena como a mais exemplar: a do encontro de dois personagens num banco de praça (não convém dizer quais, sob risco da leitura por alguém que ainda não viu o filme).

Nela, se concentram todas as possibilidades de July errar na mão: a junção de linhas narrativas que até então não se cruzavam, o fechamento da trama que se referia à comunicação por internet através de um equívoco de identidade, e um encontro que se presta facilmente a um olhar que deseje ridicularizá-lo.

No entanto, a cineasta resolve a cena como faz em todos os outros casos: da maneira mais compreensiva sobre o quanto ainda há de possibilidades do encontro entre seres humanos, para além de todas as distâncias possíveis (de idade, classe social, gêneros, o que for).

O beijo que fecha esta cena, com a canção em fade in progressivo revela ainda algo mais sobre July: sua falta de vergonha de levar até o fim o seu verdadeiro romantismo.

Seu filme poderia, inclusive, facilmente ser chamado de ingênuo ou exagerado, mas ela não foge desta possibilidade nem por um momento.

Chamar seu filme de "exagerado" equivale a chamar a música de um Nick Drake ou de um Leonard Cohen de "exageradas" na sua entrega: é não perceber o domínio plenamente auto-consciente das teclas que se deseja pressionar, das cordas que se quer tocar.

E July não se exime de tocar nenhuma delas."

6 comentários:

Anônimo disse...

Nada a delarar às cegas, nem aos cegos! Vou ter que assistir, né?

Aproveitando deixo um dica também: Vermelho como o céu. Eis a ficha: http://www.adorocinema.com/filmes/vermelho-como-o-ceu/

Devir disse...

Acho que voce leu o texto, parte a parte, e espero que fêz o que deixei em aberto; as ligações, na forma que cada um preferir.

Roberta
Não me decepcione por capricho, se fizer isso, que a decepção se faça para excitar o amor, porque amor é isso e o resto é complemento.
E, por favor, não seja ..., não me peça para provar, ou faça dessa prova, ideal.

Ah, não há nada a assistir, somente para participar!

Vou ver, sua dica parece muito interessante e oportuna.
E vou COMENTAR , da minha maneira, tão pertinente que a defesa é achar que sou chato, ok?

Se precisar se defender de mim, nem continue, porque daqui não vou sair, ok?

Até mais, Roberta.

Anônimo disse...

Talvez não tenha compreendido bem. Essa coisa de passo-a-passo, eu passo!

Tô te achando meio mal humorado...

Devir disse...

Roberta, tenho as minhas razões, e com muitas horas de laboratório para certifica-las.

Inclusive, volto de uma visita lá no liquidificador, rss, meio muído, como se, na mesma bobagem de sempre, eu quisesse entrar na vida de alguém atravez do espelho.

Mas, creio que uma vez mais não aumentará a dor da incompreensão.

Sobre o céu vermelho, achei estes fragmentos de um texto muito bom:

"Vale mencionar que a dimensão da subjetividade é um dos núcleos de exploração da escola para cegos, é com o intuito de anulá-la ou domesticá-la, por meio dos processos de alterações no ritmo, espaço, novos formatos e novas exigências, que a pedagogia da escola redefine a vida para Mirco. Em cada nova vivência e relação, tentava-se fragmentar e enfraquecer sua subjetividade, e numa perspectiva de mobilização o professor o ajuda a fortalecer, e ele próprio começa, por uma necessidade a construir uma nova "visão".

Nosso procedimento de seleção muitas vezes é determinado por pré-julgamentos, experiências pessoais de vida e idéias fixas sobre coisas que nos impedem de perceber uma visão diferente, na qual uma melhor abordagem na interpretação poderia oferecer resultados significativos na elaboração do conhecimento.
Na vida, a cada contato e percepção dos elementos no mundo novo, um novo sentido se constrói para o ser humano. Entendemos que a subjetividade, trafega por caminhos de múltiplas padronizações e interpretações da realidade.
A subjetividade se fragmenta e se reconstrói a cada experiência significante."

E, minha parte, contra pedagogias caducas, que fragmenta a subjetividade e não a permite de se reintegrar, estou fazendo!!!

Anônimo disse...

Quase chat, hein? Rsss É um filme belíssimo de uma história de vida real. Não perde!

Devir disse...

"Quase chat, hein? Rsss"

Está anotado que esta foi a primeira referência CONTRA a minha rss aparição na blogosfera.
E é legítima; por que não seria, desde que em nível um pouco mais
abrangente, do que "conquista".

Só espero que não seja novamente a primeira de uma mesma série.

E que a dor não seja novamente a única referência REAL do corpo!!!