quinta-feira, 3 de setembro de 2009

De mentira eu só preciso de voce


Não me cure desta idealização

Hoje me encontrei como nunca

um loucomotivo

de ser necessário para tudo

minha vontade caiu em aspiral

começou com flores na recepção

passou a um colar de única esfera de estrelas

passou a permitir a continuação do que faltou

passou a casar com voce neste fim de semana prolongado

e parou na garantia de mais um pouco de tempo

porque tem muito o que fazer por mim

5 comentários:

Luciano Fraga disse...

Caro amigo Devir, muitas vezes a busca de um determinado ideal, ou mesmo a idealização de uma perfeição em algo ou em alguém que só nós conseguimos enxergar,pode nos levar à loucura ou a doença e manter viva a mentira."mentiras sinceras me interessam...". Abraço.

Devir disse...

Bingo, Luciano
"Raspas e restos" também. E assim, semelhante determinismo, uma fuga, de poeta "inconsequente"?
Ou, nada a ver com poesia, é o "poeta" que trás o contra ao discurso dominante.
Ou, "poeta" mais uma opção, quase álibi, ao sonho de consumo?
Devem existir inúmeros exemplos, livros e filmes, sobre tal dilema.
Para mim, o mais recente foi o filme Caminho dos Ingleses, onde o drama existencial do SerPoeta, ganhou contorno histórico à altura dos, contornos também, dramas universais de todo ser humano.

Quem idealizaria a mulher comum, sem a fadada visibilidade?
Só os poetas, aqueles malfadados desde o nascimento?
Que enxegam eles, neste paradoxo, além do mais comum amor, transformado em idealização?

Qual a queda apontada no post?
Do ideal à realidade, ou desta ao "justificado", rss, ideal?

Lembro que minhas palavras finais naquele encontro foi:
É doentio querer voce o tempo todo para a eternidade, meu amor?

Doença não permiti escolhas?

"...o mundo inteiro acordar
e a gente dormir
dormir
pro dia amanhecer feliz
essa é a vida que eu quis"

Abraço

Devir disse...

O grande lance de um jogo, ou de uma luta, ou de um trabalho, é a vitória que deixa, quando existe, o oponente afim de uma revanche que promete ser ainda mais saborosa a vida em geral.

Há oposição, a realidade não vai se deter diante de pequenos contratos de sentimento. Seja ele de simpatia, sabedoria ou esporte, ou,[olha a oposição!] antipatia, ignorância ou guerra. Sempre ambos lados de uma, contingente!, questão, terão relativa razão.

Meu surpeendente amigo, virtual!, vejam só, não importa quantas cabeças (sete é muitas?) tenha o bicho, porque só importa mesmo é cortá-las, e eu sei o quanto é foda, quando quem o(bicho) cria, é alguem que não merece tamanha crueldade do Bem. Tal atitude desumana!, até pode ser mais uma idealização humana, mas é o que faz a diferença quando se quer saber se o bicho é só mais uma idealização particular.

O melhor de nossas conversas é que sabemos que tanto faz o vinho ou a água, basta apenas a duração da direção.

Quer uma frase do Bergson agora?
Vou encontrar uma bem legal...

Pronto.
Prometo, para um post/erior

Abraço

Anônimo disse...

Nos bastidores, realidade não há! "Tudo muda o tempo todo no mundo". Então não há dano! Que se dane! O seu ideal de hoje, também pode mudar!

Devir disse...

Roberta, gostei muito deste comment